Igreja na Amazônia

Livro reúne histórias de vida e missão de Dom Erwin Kräutler

Publicação  também aborda o caminho percorrido pela Igreja na Amazônia nos últimos 50 anos

CNBB

A trajetória do bispo emérito da prelazia do Xingu, Dom Erwin Kräutler, está compilada em 24 histórias redigidas pelo próprio prelado, num livro preparado pela Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam) e pela Comissão Episcopal para a Amazônia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

O amor pelo Xingu nutrido desde criança, a inspiração vocacional no tio missionário, a chegada à nova terra na qual naturalizou-se, o ministério episcopal no meio do povo, de seus sofrimentos e lutas, a doação da vida e a companhia dos “mártires da caminhada”, reflexões sobre a missão e o envolvimento com a causa da Amazônia: tudo isso está contado pelo próprio Dom Erwin nas páginas de “No Coração da Amazônia – Depoimento de Dom Erwin Kräutler”.

O livro será distribuído para agentes pastorais e participantes de encontros e retiros promovidos pela Repam ou pregados por Dom Erwin. A publicação faz o leitor imergir-se na história de vida e missão de Dom Erwin, como uma prosa de quem recorda detalhes da vida e compartilha com seu interlocutor. As 24 histórias abordam as dimensões da comunidade, como um diretório pastoral, o qual indica à Igreja ser samaritana, profética e orante, celebrativa e contemplativa. “É sempre a mística do Evangelho que sustenta a pessoa e a comunidade”, escreveu o bispo.

Também são contadas histórias sobre o caminho percorrido pela Igreja na Amazônia nos últimos 50 anos, com as mudanças oriundas das transformações sociais que sucederam dos projetos de integração e de desenvolvimentismo na região. “Naquele tempo realizou-se, de 24 a 30 de maio de 1972, em Santarém, o Encontro Inter-regional dos Bispos da Amazônia. Considero este encontro como marco decisivo para a evangelização na Amazônia nas décadas subsequentes até os dias de hoje”, recordou.

Nascido na Áustria, em 1939, Dom Erwin naturalizou-se brasileiro em 1978. Filho de um professor e com outros cinco irmãos, trabalhou como ajudante de pedreiro para ajudar os pais no sustento da casa. A experiência na Juventude Católica Operária o fez descobrir que “a melhor contribuição que poderia dar para o mundo seria como padre”.

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