As lideranças dos partidos da base aliada e da oposição na Câmara fecharam nesta quarta -feira, 22, um acordo de sustentação da candidatura do deputado Marco Maia (PT-RS) à presidência da Casa para o biênio 2011-2012. A iniciativa foi uma tentativa de desestimular qualquer candidatura avulsa, de última hora, que fuja dos critérios de respeito à proporcionalidade das bancadas eleitas neste ano e à distribuição, pelo mesmo critério, dos demais cargos da Mesa Diretora e das presidências das comissões permanentes.
Com base nesses critérios, o Democratas e o PSDB ratificaram o acordo das lideranças do PT e PMDB para revezarem-se no comando da Câmara nos próximos quatro anos, uma vez que detêm as maiores bancadas com 88 petistas e 79 peemdebistas.
"A iniciativa tem por objetivo fortalecer o Poder Legislativo e evitar candidaturas estéreis que não têm contribuido para o fortalecimento da Câmara", afirmou o líder do PSDB, João Almeida (BA). O líder do Democratas, Paulo Bornhausen (SC), por sua vez, ressaltou a necessidade de os partidos respeitarem "o resultado das urnas" na distribuição dos cargos de direção, em fevereiro do ano que vem.
Agora, o deputado Marco Maia percorrerá todos os estados do país para consolidar a sua candidatura com as bancadas de deputados federais eleitas. O petista passou a ocupar a presidência da Casa oficialmente a partir da renúncia ao cargo do vice-presidente eleito, Michel Temer (PMDB-SP) na semana passada.
"Queremos [com o acordo] conduzir os trabalhos da Câmara de forma harmônica e estabilizadora. Isso pressupõe um conjunto de ações até fevereiro com os deputados eleitos para reafirmar [na Casa] o resultado que saiu das urnas", disse Marco Maia após reunião com praticamente todas as lideranças partidárias.
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