Santa Brasileira

Irmã Dulce tornou-se especialista na assistência dos mais pobres, afirma cardeal

Prefeito da Congregação para a Causa dos Santos destaca dedicação de Irmã Dulce aos mais necessitados e sua vida de santidade

Liliane Borges
Da Redação, com colaboração de Lízia Costa

Prefeito da Congregação para a Causa dos Santos comenta canonização de Irmã Dulce / Foto: Reprodução TV Canção Nova

Neste domingo, 13, Irmã Dulce será proclamada Santa Dulce dos Pobres, em celebração presidida pelo Papa Francisco, no Vaticano. Sua vida de santidade tão bem conhecida entre os brasileiros, agora, passa à devoção universal.

As virtudes da santa brasileira serão apresentadas no rito de canonização durante a celebração, na Praça São Pedro, pelo Prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, o Cardeal Angelo Becciu.

O Cardeal ressalta que o chamado à santidade é para todos os que conhecem e seguem a Jesus. Portanto, Dulce Lopes Pontes realizou este seguimento com a perfeição ao configurar-se ao Cristo sofredor.

“Ela suportou grandes sofrimentos. Sofrimento físico que soube oferecer a Deus, sabendo que o sofrimento cristão, para quem é chamado à santidade , oferecido a Deus é ouro. Ela soube transformar o sofrimento em bem para a Igreja, para a humanidade, ou seja, atualizou a cruz de Jesus. Ele nos salvou na cruz , e ela viveu a sua dor unida a dor de Jesus que nos transforma, e isso torna atual a cruz de Jesus”, afirma o cardeal

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Irmã Dulce é também conhecida popularmente como o “ Anjo bom da Bahia” por suas obras de caridade e de assistência aos pobres e necessitados. Uma característica que, segundo o cardeal, a torna tão querida pelo povo brasileiro. “A vossa santa, Dulce dos pobres, é muito popular, uma santa que no dia de seu funeral reuniu uma multidão, e uma multidão de pobres, porque ela se especializou na assistência dos mais pobres”, destaca.

O prefeito da Congregação para a Causa dos Santos lembrou o legado deixado pela religiosa no qual se destaca o hospital, símbolo de seu amor ao pobres: “Ela transformou um galinheiro em hospital, um hospital que atende mais de 3 mil pessoas por dia, isso é grandiosíssimo. Ela, tomada deste ardor de amor pelos pobres, pelos enfermos, criou tudo aquilo, ao ponto de transformar um lugar , um galinheiro em hospital. E também interessou-se pelo movimento operário, ou seja, pelas pessoas que sofriam injustiças sociais e também a eles desejou dar uma palavra para recuperar a identidade e dignidade de cristãos.”

Segundo o cardeal, a vida de irmã Dulce é de grande ajuda para testemunhar os “atos de caridade que não conquistam as manchetes dos jornais, mas que trazem a vitória sobre si mesmo e diante de Deus, porque é o bem que tais atos difundem e é no silêncio que o bem cresce, não faz barulho e, por fim, as pessoas se dão conta disso.”

As pessoas são conquistadas pela vida dessas pessoas – afirma ainda o cardeal – que souberam viver para Deus e em Deus, se doaram totalmente a Deus e assim se doaram totalmente aos irmãos e edificam a Igreja. “Vejo a beleza da Igreja aqui – se diz tanta coisa ruim da Igreja, que infelizmente nós, seus ministros, provocamos certos escândalos – mas a verdadeira Igreja está neste testemunho, nesta manifestação de fé do povo de Deus”, afirma o cardeal.

Por fim, Dom Becciu ressalta que, a canonização de “Dulce dos Pobres” deve nos confirmar na fé, confirmar que todos os cristãos são chamadas por Deus a uma vida de santidade. “Para o Brasil eu penso que é uma ocasião para fazer resplandecer a beleza dos brasileiros, resplandecer a beleza verdadeira que é a santidade”.

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