Dia do Combate à Poluição é comemorado neste dia 14
André Prado*
O Dia do Combate à Poluição, comemorado no dia 14 de agosto, tem por finalidade alertar a sociedade sobre os gravíssimos problemas ambientais que assolam o globo terrestre.
Pesquisas apontam que existem fortes evidências sobre os efeitos da poluição do ar, resultando em internações por doenças cardiovasculares e originando o temido infarto no miocárdio em alguns casos.
Existem outros tipos preocupantes de poluição além da atmosférica, como: hídrica, sonora, térmica, visual, radioativa, luminosa e do solo.
O problema é muito sério e constantemente as pessoas assistem nos noticiários catástrofes resultantes da reação da natureza em diversas localidades no mundo. O planeta tem seus meios naturais de autorregulação do clima, mas os seres humanos têm desequilibrado tais mecanismos por meio de ações ambientalmente incorretas que resultam em revides avassaladores.
Muitas iniciativas podem ajudar a minimizar os impactos ambientais, começando pelas residências dos cidadãos. A separação do resíduo orgânico do lixo a ser reciclado é um bom começo, afinal, o lixo reciclável por meio da logística reversa pode retornar ao uso evitando que empresas gerem danos ambientais na extração de matéria-prima.
Outro cuidado a ser tomado é com o óleo de cozinha que não deve ser descartado diretamente em ralos, bueiros ou lançados na terra. Sabe-se que em lugares onde não existem Estações de Tratamento de Esgotos (ETEs), um litro de óleo pode contaminar um volume exorbitante de água ao atingir rios, oceanos ou lençol freático. Desta forma, torna-se recomendável armazenar o óleo usado em garrafas PETs até que se dê a destinação correta.
Em algumas cidades existem empresas que recolhem o óleo de fritura para transformá-lo em sabão, biodiesel ou tintas. Entretanto, não são todas as cidades que possuem a coleta seletiva do óleo de cozinha, porém a própria pessoa pode obter informações no universo virtual de como transformar o óleo usado em sabão caseiro.
Outra dica é manter as instalações elétricas das residências em boas condições, bem como utilizar somente lâmpadas de baixo consumo e aparelhos domésticos com selo de eficiência energética.
Gastando menos eletricidade não há necessidade de criar tantas usinas para a produção de energia, pois além dos danos ambientais causados nas construções de suas instalações, algumas podem ser poluidoras. Com o crescimento populacional, tornam-se necessários investimentos para que os países produzam energias limpas ou renováveis.
Por fim os consumidores devem procurar comprar produtos biodegradáveis que causem o menor impacto possível ao meio ambiente, procurando consumir apenas o que for produzido em conformidade com critérios ditos ecologicamente corretos.
Organizações sustentáveis
As melhores organizações são aquelas que não visam apenas a sustentabilidade econômica, mas aquelas que também investem em responsabilidade socioambiental. Em diversas mídias circulam notícias de vazamentos de produtos que contaminam o meio ambiente.
Neste caso, a devastação dos ecossistemas atingidos pode ser trágica, matando seres vivos e impedindo a vida por muitos anos. Entre outros fatores, as empresas devem se preocupar com a quantidade de água que captam e também com a qualidade da água que devolvem ao meio ambiente após utilização.
Em relação aos poluentes tóxicos lançados ao ar, indústrias podem investir em filtros nas chaminés para não afetarem significativamente a qualidade do ar em relação às emissões atmosféricas.
Várias podem ser as ações que as organizações podem tomar para diminuir os danos causados em suas dependências, iniciando pela conscientização de seus funcionários no processo de fabricação até a concessão de estrutura adequada menos poluidora.
Cabe lembrar que toda corporação também deve investir em coleta seletiva, descartando corretamente seus resíduos e ajudando a promover ações em prol do meio ambiente auxiliando na restauração da mata ciliar, preservação de nascentes, reflorestamento e assim por diante.
Uma ideia a ser seguida por todos é a política dos 8 R´s da sustentabilidade: Repensar (reflexão sobre os processos socioambientais de produção), Reduzir (redução do desperdício, diminuição do lixo e consumir apenas o necessário), Recusar (não aceitação de produtos que causem danos ambientais), Reciclar (transformação de produtos usados em novos), Reutilizar (reaproveitamento de materiais para fins diversos sempre que possível), Respeitar (respeito ao meio ambiente), Responsabilizar-se (assumir a responsabilidade pelos impactos causados) e Repassar (transmitir a adoção de práticas de sustentabilidade).
Em suma a responsabilidade ambiental é um dever de indivíduos e de organizações, pois todos devem dar sua contribuição para que o desenvolvimento ocorra de modo sustentável. Assim, haverá maior qualidade de vida no planeta resultando no bem-estar dos seres vivos e contribuindo para a longevidade das futuras gerações.