O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) também mediu o indicadores de endividamento, renda própria e situação financeira do brasileiro
Da redação, com Agência Brasil
Embora esteja mais preocupado em pagar as dívidas e pouco confiante em melhora da situação financeira particular em breve, o consumidor está, pouco a pouco, recuperando o otimismo com a economia brasileira. É o que aponta o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec), divulgado nesta sexta-feira, 24, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
No geral, o Inec melhorou 0,6% em fevereiro em comparação a janeiro deste ano, passando de 103,8 pontos para 104,4 pontos. É uma marca ainda inferior à média histórica de 108,7 pontos, mas que mantém a tendência de elevação gradual. Em dezembro do ano passado, o índice alcançou 100,3 pontos. Se comparado a fevereiro do ano passado, o resultado foi 5,8% melhor.
Já os indicadores de endividamento, renda própria e situação financeira caíram em relação a janeiro. “Isso indica que, apesar do otimismo em relação aos preços e ao emprego, os brasileiros estão mais endividados e pouco confiantes de que sua renda e sua situação financeira irão melhorar no futuro próximo”, destaca a CNI.
Quanto maior o índice, maior o percentual de respostas positivas, ou seja, maior o percentual de pessoas que apostam em queda da inflação e do nível de desemprego, aumento da renda pessoal e das compras de bens de maior valor, com melhora da situação financeira das famílias ou menor endividamento.
Metade dos itens que compõem o Inec teve crescimento em fevereiro: compra de bens de maior valor (3,6%), inflação (3,0%) e desemprego (2,2%). Na comparação anual, a alta da expectativa em relação à redução da inflação é de 16%, patamar 4,8% acima da média histórica.
Pesquisadores do Ibope ouviram 2002 entrevistados em 143 cidades, entre os dias 16 e 20 deste mês.