Na última sexta-feira, 22, o Canção Nova Notícias mostrou a situação das queimadas na região do cerrado, que tem sido a mais devastada em 2025. E como a estiagem prolongada vai até outubro, outras regiões como Minas Gerais já dispararam o alerta.
Reportagem de Vanessa Anicio e Daniel Camargo
O incêndio de grandes proporções tomou conta do Parque Estadual do Serra Verde, em Belo Horizonte. “Nós conseguimos controlar as chamas, elas realmente estavam muito altas, o que mostra que a vegetação muito seca é perigosa nesse período do ano. E a partir de então mantivemos esse monitoramento com a situação já sob controle para conseguir restabelecer a normalidade naquela localidade ali”, comunicou o porta-voz do CBMMG, o tenente Henrique Barcellos.
O incêndio deste domingo foi o terceiro em menos de 15 dias, mas os registros do Corpo de Bombeiros de Minas mostram que houve uma queda expressiva nas ocorrências de incêndio em vegetação este ano.
De janeiro a agosto de 2025, foram registrados 10.850 casos. No mesmo período de 2024, esse número foi de 16.442, cerca de 52% a mais. Mas essa queda tem uma explicação. “O ano passado foi um ano desafiador, foi um ano recorde de chamados de incêndio em vegetação. Então a gente sabe que essa queda está sendo comparada a algo acima da média. Por isso que os números são importantes para mostrar uma redução de área queimada, mostrar principalmente o resultado de um trabalho de prevenção e preparação, mas eles não mostram pra gente um sinal de tranquilidade”, retomou o tenente.
Apesar de 2025 registrar menos incêndios que 2024, a corporação tem intensificado ações preventivas com treinamento de equipe e uma central de monitoramento das unidades de preservação do estado. A sala que abriga a coordenação operacional conta com tecnologia de ponta na detecção e prevenção a novos incêndios. “Então ela consegue ser alimentada de imagens via satélite e também coordenar os recursos operacionais por software de geoprocessamento, imagens de drone, tudo isso justamente para otimizar a aplicação dos recursos do estado na ponta da linha”, apontou ele.
E o papel da população nesta prevenção, principalmente no perímetro urbano, é fundamental. “A gente sabe que grandes incêndios se iniciam pela ação humana, mais de 90% deles ocorrem porque um cidadão de maneira imprudente colocou fogo e acabou perdendo o controle disso. Então, esse trabalho de prevenção da população, de não utilizar chamas nesse período do ano na vegetação, é muito importante”, concluiu o oficial.