Dados apontam que maior número de inadimplentes está na região Sudeste
Agência Brasil
O número de pessoas inadimplentes no país, em janeiro, manteve-se em 58,3 milhões, o mesmo número de dezembro passado. Já na comparação com o mesmo período do ano passado, houve uma incorporação de 700 mil nomes. A região Sudeste concentra o maior número de inadimplentes (24,2 milhões), seguida pelo Nordeste (15,8 milhões); Sul (8,0 milhões); Norte (5,3 milhões) e Centro-Oeste ( 5 milhões).
Os dados são do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). De acordo com o levantamento, 39% da população brasileira adulta integra a lista de devedores em atraso, que enfrentam, como consequência, dificuldades para comprar a prazo ou obter crédito.
A maior parcela de inadimplentes (16,8 milhões) tem idade entre 30 e 39 anos e nesta faixa etária 49,4% têm algum tipo de dívida em atraso. Na faixa de 40 a 49 anos, 46,4% estão atrasando o pagamento de dívidas; entre 25 e 29 anos, 46,6% têm dívidas em atraso; e, por fim, entre a população mais jovem, de 18 a 24 anos, 19,1% deixou alguma dívida em atraso.
O presidente da CNDL, Honório Pinheiro, observou que a partir do segundo trimestre do ano passado, passou a ocorrer queda no ritmo de aumento da inadimplência. Para ele, por causa do cenário recessivo “o consumidor encontra mais dificuldade para se endividar e, sem se endividar, não se torna inadimplente”. Em setembro do ano passado, o número de inadimplentes era 59 milhões, número que baixou para 58,7 milhões em outubro e 58,5 milhões em novembro.
Dívidas
A apuração mostra ainda que o volume de dívidas das pessoas físicas foi 2,95% menor do que em janeiro do ano passado, com peso para o setor de comunicação que inclui atrasos no pagamento de contas de telefonia, internet e TV por assinatura.
No comércio, a inadimplência de pessoa física caiu 5,9% enquanto as dívidas bancárias (atrasos no cartão de crédito, financiamentos, empréstimos e seguros) aumentaram 1%. Em relação a contas de água e luz, os débitos não quitados no prazo cresceram 12,3%.