Em meio a toda destruição provocada pelas chuvas, os moradores de São Luiz do Paraitinga, encontram motivos para comemorar. No meio dos escombros e lama de uma capela, um achado surpreendeu muita gente: a imagem de Nossa Senhora das Mercês. Apenas um terço da peça foi danificado.
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A estudante Mariana Aparecida de Alvarenga restaura os tijolos que antes formavam a parede da capela. Não é um trabalho qualquer.
O trabalho pesado fica para o pai. A maioria das paredes é de terra batida e qualquer objeto fora do comum chama a atenção da equipe.
José Carlos Imparato tem especialização em arqueologia. Na casa dele, algumas dessas imagens aguardam o tempo de secagem para serem restauradas. O desafio é a recuperação da imagem de Nossa Senhora das Mercês feita de barro maciço.
A imagem foi retirada da capela em condições extremas por um dos voluntários, no segundo dia após a enchente. Dois terços dela continuam intactos. O que para ele é um verdadeiro milagre, sob todos os aspectos.
Toda a recuperação do patrimônio está sob responsabilidade do Iphan. O trabalho de restauração da imagem será feito na cidade.
Muitas imagens de gesso que sobraram agora sofrem com a ação da água e da lama. A tinta está se soltando. O cuidado de recuperação é grande, não somente pelo valor histórico, diz a restauradora Cristiane Antunes Cavaterra.
A imagem é objeto de devoção do povo de São Luiz e não deverá sair da cidade, diz o pároco local, Padre Edson Carlos.
Para bispo da diocese local, Nossa Senhora de braços abertos revela o desejo de liberdade do povo.
Aos poucos, Mariana à espera do pai dá jeito nos tijolinhos. Com um cuidado de quem pretende construir também um pedacinho de céu para morar.
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