Outro tema apresentado à imprensa na coletiva desta quarta-feira foi o balanço do Fundo Nacional da Solidariedade
Jéssica Marçal
Da Redação
Bispos que participam da 53ª Assembleia Geral da CNBB concederam coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 22, sobre três temas: Igreja na Amazônia, Sínodo da Família e Fundo Nacional da Solidariedade.
“A Igreja na Amazônia continua sendo um dos assuntos mais comentados nessa Assembleia, mostrando assim também o quanto ela se tornou mais visível e mais apoiada também pelo Brasil afora”, destacou o arcebispo emérito de São Paulo (SP), Cardeal Cláudio Hummes, que comentou como o interesse e os apelos do Papa em relação ao assunto têm dado visibilidade à situação da Amazônia.
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Dom Cláudio lembrou que a Igreja acompanha essa questão da região amazônica e, buscando “somar vozes”, foi criada a Repam – Rede Eclesial Pan-Amazônica. “A Repam quer ser uma soma das vozes porque, falando todos juntos, teremos uma voz mais forte”. Ele também recordou a existência de uma Comissão da CNBB para a Amazônia, que existe justamente para sensibilizar o restante do país em relação aos grandes desafios da Amazônia e como uma forma de apoio, com o envio de missionários, por exemplo.
Sínodo da Família
Outra questão abordada na coletiva foi o Sínodo da Família, que deve ter sua etapa conclusiva em outubro próximo com a 14ª Assembleia Geral Ordinária. Dom João Carlos Petrini, bispo de Camaçari (BA) e presidente da Comissão para Vida e Família da CNBB, recordou que até amanhã serão recolhidas as respostas das comunidades brasileiras às 46 perguntas contidas na parte final da Lineamenta, subsídio do Vaticano para ajudar a pensar o Sínodo.
Segundo Dom Petrini, uma equipe vai sintetizar as respostas, somando as semelhantes, e enviar tudo a Roma. Serão enviadas a síntese e a íntegra das respostas. “É um aspecto importante de todo esse trabalho e do trabalho do Sínodo que é menos visto, menos observado, mas que tem um grande significado pela participação, talvez inédita, comparado a sínodos anteriores, da base popular”.
Fundo Nacional de Solidariedade
Com relação ao Fundo Nacional da Solidariedade, foi apresentado ontem um relatório dos seus 15 anos. Trata-se de um fundo econômico fruto das coletas realizadas no final da Campanha da Fraternidade, conforme explicou o bispo de Santarém (PA) e presidente da Cáritas Nacional, Dom Flávio Giovanele.
“Ao longo dos 15 anos, pudemos financiar mais de 3 mil projetos. O total arrecadado nesses 15 anos foi de quase R$ 129 milhões de reais”, disse Dom Flávio, esclarecendo que metade do dinheiro é destinado ao fundo nacional e a outra metade vai para o fundo diocesano.
A Caritas sempre foi responsável pela administração e distribuição dos recursos, bem como em ajudar a selecionar os projetos que estão de acordo com o edital. “Apresentamos isso até como demonstração de que é possível sim fazer grande coisas com a contribuição de pequenas ajudas de cada um dos brasileiros, dos católicos brasileiros que participa da Campanha da Fraternidade também nesse aspecto da coleta que é realizada no Domingo de Ramos”.
Na tarde de hoje, os bispos reunidos em Assembleia seguem com a votação dos presidentes das Comissões Episcopais restantes e, de acordo com o andamento dos trabalhos, podem começar a escolher os delegados da CNBB no Celam (Conselho Episcopal Latino-Americano) e no Sínodo dos Bispos.
Também haverá na tarde de hoje exposição sobre o Ano da Paz e apresentação de outros temas dos regionais.