O Instituto Brasileiro de Geografia e Estarística (IBGE) divulgou hoje, 24, a Síntese de Indicadores Sociais, elaborada com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2007.
Uma Análise das Condições de Vida da População Brasileira – mostra que, entre 1997 e 2007, caiu de 31,6% para 23,5%, o percentual de famílias com rendimento familiar per capita de até ½ salário mínimo. No Nordeste, essa queda foi de 53,9% para 43,1%.
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A Síntese verificou o fenômeno social Dinc (Double Income and No Children), ou seja casais sem filhos onde ambos possuem renda, representava, em 2007, 3,4% dos domicílios (1,9 milhão de casais), enquanto em 1997 eram menos de 1 milhão. Outra tendência observada foram 6,7 milhões de pessoas morando sozinhas, das quais 40,8% eram idosas. A Síntese revelou que, nesses dez anos, subiu de 53,6% para 57,1% o percentual de mulheres entre os universitários.
A taxa de analfabetismo das pessoas com mais de 15 anos caiu de 14,7% para 10%, no entanto, persistia um número elevado de pessoas que não sabiam ler ou escrever: 14,1 milhões de analfabetos, dos quais 9 milhões eram pretos e pardos e mais da metade residia no Nordeste. Melhorou, nesse período, o percentual de estudantes que cursavam nível médio na idade adeqüada (15 a 17 anos), passando de 26,6% para 44,5%.
Por outro lado, nesses dez anos aumentou a desigualdade de acesso de brancos e pretos e pardos ao nível superior. Em 1997, 9,6% dos brancos e 2,2% dos pretos e pardos, de 25 anos ou mais de idade, tinham nível superior completo no país; em 2007, esses percentuais eram de 13,4% e 4,0%, respectivamente. As conseqüências das desigualdades educacionais se refletem nos rendimentos médios dos pretos e pardos, que se apresentam cerca de 50% menores que os dos brancos.
Em 2007, aproximadamente um terço das famílias vivia com rendimento mensal de até ½ salário mínimo per capita. No caso dos domicílios com crianças e adolescentes de 0 a 17 anos, essa proporção subia para 46%. Somente 54,5% dos domicílios com crianças até 6 anos possuíam todos os serviços de saneamento simultaneamente.
O alto índice de freqüência à escola nem sempre se traduz em qualidade do aprendizado. Em 2007, 2,1 milhões das crianças de 7 a 14 anos de idade freqüentavam escola e não sabiam ler e escrever. A pesquisa mostra também que, em 2007, aumentou a proporção de crianças de 10 a 15 anos que trabalhavam na própria casa e no domicílio do empregador.
De acordo com a Síntese, a contribuição da renda dos idosos representa mais da metade do total da renda domiciliar em 53% dos domicílios com idosos.
Essas são algumas das conclusões da Síntese dos Indicadores Sociais 2008, e que traz capítulos específicos sobre Aspectos demográficos; Educação; Domicílios; Famílias; Casamentos, separações judiciais e divórcios; Cor; Mulheres; Idosos e Crianças, adolescentes e jovens. Os resultados são desagregados por grandes regiões, unidades da federação e as principais regiões metropolitanas.
.: Confira a Síntese dos Indicadores Sociais 2008