Assim como os militares mortos na tragédia do Haiti, durante cinco anos milhares de brasileiros já passaram por lá com a tarefa de reerguer um país assolado pela guerra e pela miséria.
São histórias de jovens que, acima de qualquer coisa, encararam a missão social de resgatar a dignidade de um povo sem esperança.
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Aos vinte e um anos David Ulisses da Silva foi convocado para a missão mais difícil da sua vida: restabelecer a paz no país mais pobre e violento das Américas. Ele chegou ao Haiti em 2004 no primeiro contingente de tropas enviado pelo Brasil. O cenário de destruição causado pela guerra e a miséria extrema ficou nas fotos e na lembrança do ex-militar.
Apesar da destruição e dos conflitos em que ele se envolveu, a força e a alegria do povo haitiano foi o que mais marcou David, que chegou até a fazer algumas amizades. As lições que ele trouxe para o Brasil vão além do aprendizado militar.
Ederson de Souza também serviu à missão de paz no Haiti em 2004. As fotos dos raros momentos de lazer mostram como era a vida dos militares no país. Para ele o clima tenso e as tragédias naturais marcaram durante anos a vida da população. Enquanto ele estava em missão o país sofreu com um tsunami e um terremoto que foi sentido na base militar.
A proporção do terremoto sentido por Ederson foi bem abaixo do que atingiu o país no ultimo dia 12 e matou 18 militares brasileiros. Entre eles alguns amigos do 5º batalhão de infantaria leve de Lorena que ele servia até o ano passado.
A morte dos companheiros chocou o jovem que sentiu a perda de quem assim como ele tinha fé em ver o povo haitiano viver em paz e sem fome. Imaginar o caos retomar o país em que ele tanto ajudou e o sofrimento tomar conta novamente da população, gerou sentimentos que só não foram maiores do que a sensação de que ele poderia estar lá no momento da tragédia.
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