Henri Sobel foi detido há uma semana. Passou uma noite na cadeia, pagou fiança e foi solto. Segundo o relatório da polícia americana, ele admitiu o furto de uma gravata depois de ter sido flagrado pelas câmeras de uma loja de grife. Outras quatro gravatas encontradas no carro dele também teriam sido furtadas, diz o relatório.
O rabino de 63 anos não é só um dos principais líderes da comunidade judaica brasileira. Ele também se destacou na luta pela redemocratização do país. Sobel tem ainda um longo histórico de trabalhos sociais. Em frente a casa dele, ninguém comenta o assunto e o apartamento permaneceu fechado durante todo o dia.
Na sede da Congregação Israelita Paulista também não há comentários, apenas uma nota dizendo que a entidade se coloca a disposição para ajudá-lo no que for necessário. Segundo a assessoria de imprensa da Congregação, o rabino pode retornar ao cargo quando quiser. Também em nota, o próprio rabino diz que jamais teve a intenção de furtar qualquer objeto e que está habituado a enfrentar crises e acusações das quais pode se defender.
Em nota, o hospital Albert Einstein, informa que Henry Sobel foi internado com quadro de descontrole emocional e alteração de comportamento. Além disso, ele estava tratando de uma insônia com o uso imoderado de calmantes. Ainda segundo a nota, o uso destes medicamentos pode provocar confusão mental e amnésia. Não há previsão para o rabino deixar o hospital.
Luciano Batista
CN Notícias
