EUA E BRASIL

Governo Federal demonstra otimismo após reunião com EUA

Após a reunião realizada entre Lula e Trump, na Malásia, o governo brasileiro demonstra otimismo quanto aos próximos passos das negociações comerciais com os Estados Unidos. A expectativa é de que as tarifas sejam reduzidas em breve, alcançando níveis próximos aos de países parceiros do governo americano.

Reportagem de Francisco Coelho e Ersomar Ribeiro

A bordo do Air Force One a caminho do Japão, Donald Trump comentou o encontro que teve com o Lula e afirmou ter sido uma boa reunião sem anunciar um gesto concreto. 

Nesta segunda, Lula afirmou que a redução das tarifas deve ocorrer em poucos dias. “O que nós estabelecemos é uma regra de negociação e toda vez que tiver uma dificuldade eu vou conversar pessoalmente com ele. É isso. Ele tem o meu telefone, eu tenho o telefone dele. Nós vamos colocar as equipes para negociar. A minha equipe é de alto nível. A minha equipe é o Alckmin, é o Haddad e o Mauro Vieira, afirmou o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. 

O encontro de Lula e Trump foi considerado uma vitória para o governo brasileiro, que vinha encontrando dificuldades nas negociações.

Apesar do avanço, nada foi definido e uma série de reuniões será realizada para debater as necessidades dos dois países. A diplomacia brasileira não espera uma redução completa de tarifas, mas uma taxa como a de países considerados amigos. 

Atualmente, o Brasil tem déficit comercial com os Estados Unidos, ou seja, compra mais do que vende. Essa condição pode colocar o país em posição favorável nas negociações, com expectativa de redução para cerca de 10% nas tarifas. 

Uma eventual diminuição pode reverter prejuízos em setores fortemente impactados pelas cobranças atuais. “Por enquanto foi mais positivo do que se esperava. Do ponto de vista econômico, nós temos alguns gargalos aí que vai ser importante na negociação, sobretudo a questão das empresas que cuidam da parte mecânica, a parte de autopeças, porque praticamente foi talvez a mais prejudicada nesse cenário que nós estamos tratando”, concluiu  economista, César Bergo.

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