ARBOVIROSES

Governo do DF intensifica o combate ao mosquito Aedes aegypti

Manter o mosquito Aedes aegypti sob controle pede vigilância permanente. No Distrito Federal, autoridades e comunidade se unem em ações de prevenção contra dengue, zika e chikungunya.

Reportagem de Aline Campelo e Sanny Alves

É assim, de porta em porta que as equipes de agentes de vigilância ambiental em saúde atuam diariamente junto à comunidade. “Tem mosquito proliferando na seca. Na chuva aumenta um pouco porque além de eclodir os ovos que estavam no seco, a gente também tem mais recipientes que inservíveis que ficam jogados que acumulam água. Em lugares onde tem um lixo, um descarte regular de lixo, a água pode ficar parada e promover mais essa proliferação do mosquito”, explicou, do grupo de Agentes de Vigilância Ambiental em Saúde do DF, Giselle Falchi Ando.  

A orientação vai além de evitar água parada. É preciso eliminar recipientes que acumulam água, tampar caixas d’água, desobstruir calhas e ralos. Mas o desafio é tornar esses cuidados permanentes em um país de realidades sociais distintas que dificultam a integração das ações. “O trabalho de prevenção é importantíssimo, mas não é suficiente.

Existem também cuidados individuais, como a adoção de roupas de com manga comprida, referentes, particularmente por pessoas que têm mais risco quando ficarem doentes”, analisou o sanitarista coordenador da NEVS e da Fiocruz Brasília, Claudio Marierovitch. 

Com a volta das chuvas em várias regiões, cresce o alerta para novos casos. O decreto em vigor obriga a fiscalização de áreas críticas como cemitérios, ferros velhos e imóveis desocupados, com o apoio de órgãos como administrações regionais, serviços de limpeza urbana, corpo de bombeiros e defesa civil. A percepção de risco muitas vezes é baixa. Quem nunca enfrentou a doença tende a não acreditar na gravidade. 

“Não pode parar e na seca, principalmente porque é o momento da gente prevenir para as chuvas que estão chegando, porque se a gente for ocorrer só contra o tempo, quando chegar a chuva, a gente não consegue fazer nosso trabalho. Então é bem importante que os moradores permitam nossa entrada na seca”, ressaltou a agente. 

Mesmo com doses limitadas, a vacinação contra a dengue segue como medida complementar, especialmente para idosos, crianças e adolescentes, segundo o Ministério da Saúde. “O impacto real na diminuição de dengue, nós precisamos ficar de olho é na vacina, e ter uma expectativa de que nós tenhamos em pouco tempo uma vacina disponível para diversas faixas etárias em quantidade suficiente para a população”, concluiu Claudio.

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