ESPERA

Governo brasileiro aguarda visto para Assembleia-geral da ONU

Autoridades brasileiras enfrentam dificuldades para garantir presença na Assembleia-Geral da ONU. A liberação de vistos tornou-se um novo ponto de tensão diplomática entre Brasil e Estados Unidos. O encontro será em Nova York e a abertura é feita, tradicionalmente, por presidentes brasileiros.

Reportagem de Francisco Coelho e Ersomar Ribeiro

Em meio à disputa comercial travada entre Brasil e Estados Unidos, a comitiva brasileira que vai à Assembleia Geral da ONU aguarda a liberação dos vistos. O governo de Donald Trump já cancelou vistos de membros do judiciário e do governo brasileiro.

Em tese, os Estados Unidos não podem negar a entrada no país de convidados para participar de encontros na ONU. O acordo de sede assinado pelos americanos permite isenções e imunidades a autoridades convidadas para participar de encontros internacionais na Organização das Nações Unidas. A sede do órgão em Nova York é considerada território neutro.

“A nossa expectativa não temos porque achar que os Estados Unidos não servirão e não observarão suas obrigações legais com relação à concessão de vistos”, apontou do Ministério de Relação Exteriores, Marcelo Marotta Viegas.

Nesta quinta-feira o ministro da saúde teve o visto concedido. Ele é convidado da Assembleia Geral da ONU e da Conferência Internacional da Opas. Em agosto, os vistos da esposa e da filha dele foram cancelados. Perguntado sobre a autorização para a viagem, o ministro disse que não decidiu se irá e afirmou não ter preocupações em relação ao visto.

“Esse negócio do visto é igual aquela música, ‘eu tô nem aí’, sabe? Vocês estão mais preocupados com o visto do que eu, tá certo? Tô nem aí. Eu acho só fica preocupado com visto quem quer ir para os Estados Unidos. Eu não quero ir para os Estados Unidos”, expressou o ministro da saúde, Alexandre Padilha.

Para este especialista em direito internacional, a situação é ruim para a imagem dos dois países. “É muito triste que estejamos passando por uma situação tão desgastante como essa, por questões políticas, meramente políticas e de capricho entre os dois chefes de estado”, concluiu o doutor em direito internacional, Alexandre Teixeira.

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