O decreto que viabiliza a implementação da TV 3.0 foi assinado no palácio do planalto. A previsão é contar com o serviço de tvs conectadas à internet até a copa do mundo de 2026. A principal mudança é a transformação das emissoras de tv aberta em serviços de streaming, além da tv tradicional.
Reportagem de Francisco Coelho e Ersomar Ribeiro
A chamada TV do futuro deve começar a ser disponibilizada aos telespectadores ainda em 2025. E o serviço deve funcionar primeiro nas cidades de São Paulo, Brasília e no Rio de Janeiro. O decreto foi assinado no Palácio do Planalto pelo presidente Lula e executivos das principais emissoras de TV do país.
A principal inovação da TV 3.0 é o fim dos números de canais. Além da programação tradicional com transmissão 24 horas por dia, o telespectador com o aparelho conectado à internet terá acesso aos conteúdos gravados, assim como já acontecem nos aplicativos de streaming. E o melhor, tudo de graça.
O usuário terá acesso aos serviços do governo federal na primeira tela. Também será possível uma experiência personalizada para cada telespectador. Com o acesso à internet, é possível interagir com conteúdo ao vivo, votar em enquetes, rever cenas, realizar compras e ajustar o som de acordo com a preferência.
“A TV aberta cada vez mais forte, mantendo a sua relevância. É uma convergência entre o ambiente que conhecemos da radiodifusão com os meios digitais”, abordou o diretor-executivo da Globo.
“Vai melhorar a qualidade do serviço que a gente presta, vai possibilitar a regionalização, vai ser mais inclusiva e vai continuar gratuita”, constatou a presidente do Grupo Silvio Santos, Renata Abravanel.
A implantação do sistema para todo o Brasil deve durar cerca de 10 anos. O principal desafio é o custo para a troca das antenas de transmissão. O usuário com aparelhos de TVs antigos vai precisar de um conversor. O valor do equipamento ainda não foi disponibilizado, mas a expectativa é de distribuição gratuita para pessoas de baixa renda.
“Isso está sendo discutido através do BNDES, já que vai precisar sim de algum tipo de investimento. Mas o bom disso tudo que essa nova tecnologia está unindo o setor”, concluiu o Ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira.