Greve Correios

Funcionários dos Correios rejeitam nova proposta do TST

Os funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) no Distrito Federal rejeitaram hoje, 15, a proposta do Tribunal Superior do Trabalho (TST) para encerrar a greve da categoria, que completou 15 dias. A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentec) tem até a quinta-feira, 17, para se manifestar sobre a proposta do TST.

Na audiência de conciliação entre representantes da ECT e da Federação do Trabalhadores, o presidente do TST, Rider Brito, propôs a criação de um novo plano de cargos e salários, abono de 30% sobre a base salarial, adicional proporcional às horas trabalhadas e pagamento de metade dos dias parados. Além disso, os que aderiram à greve teriam a garantia de não serem demitidos no prazo de 60 dias.

O ministro Rider Brito informou que quinta-feira é o prazo final para essa fase de conciliação. "Eu queria que houvesse pelo menos a suspensão do movimento grevista para podermos sentar em uma mesa de negociação, em clima de harmonia", disse.

De acordo com o secretário-geral da Fentec, Manoel Cantoara, o acordo proposto pelo TST não esclarece o novo plano de cargos e salários, não inclui a participação sobre lucros e resultados e, após o prazo de 60 dias, os grevistas poderiam ser demitidos. "Acreditamos que a direção da empresa poderia vir discutir todos os pontos do plano de carreira", afirmou.

O superintendente executivo de Gestão de Pessoas da ECT, Alberto de Mello Mattos, disse que a empresa aceita a proposta do TST, mas ressaltou que a negociação chegou ao limite do ponto de vista financeiro. De acordo com Mattos, o abono de 30% geraria impacto econômico de R$ 390 milhões por ano para a empresa. Segundo ele, desde o início da greve, deixaram de ser entregues 100 milhões de correspondências, das quais 300 mil são encomendas.

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

↑ topo