Canção Nova em Foco desta semana conversa com o Frei Romano Zago, sobre a vida e o carisma de São Francisco de Assis, um santo canonizado há mais de oito séculos, que até hoje, é admirado e imitado por pessoas de todos os cantos do mundo.
Aos 81 anos, e cheio de vitalidade, Frei Romano atribui o amor que cristãos e até não cristãos tem pelo santo, à sua coerência de vida. “É aquele santo autêntico, verdadeiro. O que diz e pensa, põe em prática na vida”.
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A fraternidade é um dos grandes valores deixados por Francisco. A compreensão de que todos os homens são irmãos e portanto devem servir uns aos outros, é algo que, para Frei Romano empolga os jovens de hoje e de todos os tempos. “O que é difícil para o jovem entender é que se diga isso, mas na prática não se faça, esta é a falta de coerência. Francisco é muito coerente, com a verdade, com o Evangelho”.
O Frei, que mora na Província Franciscana no Rio Grande do Sul, entrou no Seminário Franciscano aos 11 anos, em 1944, fim da II Guerra Mundial. “Na época os candidatos ao Seminário entrevam nessa idade, 11, 12 anos”, recorda. Nesse tempo, Frei Romano já foi pároco em três paróquias franciscanas, professor durante mais de 20 anos e guardião na Terra Santa.
Ao ser questionado se já havia se arrependido da vida que escolheu, disse já ter tido as “famosas crises”, “altos e baixos”, “mas nunca foi decisivo a ponto de dizer: ‘vou jogar a toalha’”.
Frei Romano brinca ao falar sobre uma das características que mais incorporou de São Francisco: a obediência. “Eu sou uma mímica de São Francisco, sou um ‘macaco’, não sei imitar São Francisco, gostaria de saber imitá-lo. Mas sempre procurei fazer o que meus superiores me pediram.”
Na conversa descontraída, o sacerdote fala ainda sobre fatos da vida de São Francisco, explica sobre a Primeira, Segunda e Terceira Ordem Franciscana, conta porque Francisco se tornou o santo da paz e comenta a escolha do nome do Papa Francisco. Para ele, embora o Papa seja jesuíta, é em tudo um verdadeiro franciscano. “Ele tem em plenitude, no seu modo de ser e falar, o espírito do pobre de Assis.”
