De acordo com a Portaria nº 564, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, a força-tarefa permanecerá por 90 dias nos presídios de Manaus
Da redação, com Agência Brasil
A Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária começa atuar no interior dos presídios de Manaus onde ocorreram os massacres que vitimaram 55 detentos nesse domingo, 26, e segunda-feira, 27. A Portaria nº 564, do Ministério da Justiça e Segurança Pública está publicada na edição desta quarta-feira, 29, do Diário Oficial da União. A medida atende à solicitação feita pelo governo do Amazonas.
De acordo com a portaria, a força-tarefa permanecerá por 90 dias, a contar dessa terça-feira, 28, exercendo as atividades e serviços de guarda, vigilância e custódia de presos, em apoio ao governo do estado, que dará estrutura logística e sob a supervisão dos órgãos de administração penitenciária e segurança pública do estado.
“O número de profissionais a ser disponibilizado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública obedecerá ao planejamento definido pelos entes envolvidos na operação”, diz ainda o documento.
Presídios federais
Nessa terça-feira, 28, vários detentos, considerados líderes dos massacres, começaram a ser transferidos para presídios federais. Outros presos serão transferidos hoje.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, em uma postagem na sua conta no Twitter, ontem, disse que o ministério disponibilizaria vagas nos presídios federais para transferência das lideranças envolvidas nos “massacres”.
Briga no Compaj
No último domingo, 26, a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) informou que 15 mortes ocorreram durante uma “briga entre presos” dos pavilhões 3 e 5 do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), e que, após o acionamento do Batalhão de Choque da Polícia Militar, a situação estava sob controle. Nenhuma fuga foi registrada e nenhum agente penitenciário foi ferido durante a confusão. A briga começou durante o horário de visitação.
Novas mortes
O governo do Amazonas informou na última segunda-feira, 27, que foram encontrados, 42 detentos mortos. De acordo com a Seap, as mortes ocorreram no Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), no Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM 1), no Compaj e na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), todos localizados em Manaus (AM). Os corpos apresentavam indícios de morte por asfixia.