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Feira de artesanato atrai produtores e reúne expositores em São Paulo

Em São Paulo, uma feira reúne centenas de expositores e apresenta as novidades do setor de artesanato no Brasil, um mercado que movimenta cerca de 3% do PIB nacional. Entre os destaques desta edição, o crochê reaparece com força, agora conquistando também o público jovem.

Reportagem de Aline Imercio e Gilberto Pereira

Crochê virou tendência também entre os jovens. Júlia tem 16 anos e depois de ver a tia crochetando e vídeos na internet, pegou o gosto pela arte. Faz casacos, bolsas, tapetes e até consegue vender seus produtos. 

Hoje veio a essa feira especializada em artesanatos para conferir as novidades do setor. “Primeiro minha cunhada que me mostrou as correntinhas, as primeiras coisas. Depois a minha tia Salete também foi me ajudando. Eu vi na internet, bem lá na pandemia que não ia pra escola, não tinha muito o que fazer, aí eu fui fazendo crochê. Vejo um pouco como renda extra”, disse a estudante, Júlia Gonçalves dos Santos. 

A Mega Artesanal realizada em São Paulo reúne cerca de 400 expositores e um dos grandes destaques dessa edição é o bom e velho Crochê, que voltou com tudo. “Antes ele era visto mais como o tapetinho de banheiro, a decoração e mais o tom neutro. E hoje em dia vem a roupa, vem o colorido”, falou a professora de artesanato, Cintia Nicolau. 

“Eu comecei o crochê na pandemia, naquela tensão que tava todo mundo, mas na verdade eu sempre tive curiosidade para saber como uma linha e um novelo se transformavam em peças de vestuário”, relatou a artesã e professora de crochê, Laisla Egídio. 

Cem bilhões de reais. Esse é o valor que o mercado do artesanato movimenta por ano no Brasil, segundo o Sebrae, o número representa 3% do PIB nacional e são mais de 8 milhões de artesãos espalhados por todo o país.

A organizadora da Mesa Artesanal, Rita Mazzotti explicou a contribuição.“Toda vez que a gente tem um pouco de crise econômica no país, o artesanato vem suprir a falta de emprego, a necessidade de gerar mais renda. Então, o artesanato hoje é responsável em sustentar muitas famílias”. 

Mas a feira não é só para quem vem comprar. Até amanhã o evento oferece oficinas para quem quer aprender novas técnicas. Neste estande, por exemplo, cerca de 5.000 pessoas devem participar de aulas de artesanato com fitas até o fim da feira.  “São aulas que a gente dá ensinando o público a fazer coisas diferentes, diversas técnicas diferentes”, apontou o diretor comercial de marketing, Henrique Suzigan. 

Clara participa da feira com a empresa da família, que transforma buquês de noiva em obras de arte com resina. Ela destaca o valor do artesanato para o mercado de eventos. “O casamento, eventos, é a criatividade. A gente precisa sempre ter criatividade para criar coisas novas”.

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