Julho é tempo de férias escolares e de novos desafios para pais e responsáveis. A busca por atividades que unam diversão e aprendizado movimenta muitas famílias. Como planejar férias mais significativas para todos? E que a gente mostra agora na reportagem.
Reportagem de Elane Gomes e Tiago Gualberto
Para os filhos, férias é sinônimo de diversão. Para os pais é tempo de encontrar respostas. O que fazer com as crianças? Antes de responder a essa pergunta, especialistas em educação afirmam que é preciso, primeiramente, compreender o real sentido das férias. “O corpo e alma, espírito descansando. No final das férias, a pessoa humana tem uma sensação de bem-estar completo”, introduziu o consultor educacional, João Malheiro.
Com quatro filhas, Diego e Emily encontraram uma saída para aproveitar as férias e manter o equilíbrio emocional das crianças. “Nos dias de aula, isso acontece externamente. Os nossos compromissos é que ditam a rotina. Então, papai e a mamãe trabalham em tal horário, as meninas entram na escola em tal horário, saem da escola em tal horário.
Então, a rotina vai indo em torno desses compromissos”, disse o diagramador, Diego Augusto Azevedo Monteiro.
“Uma coisa que a gente gosta de fazer também para trazer mais para perto dela a realidade da rotina, é desenhar. Então, a gente tem um quadro branco no quadro, no quarto delas e a gente desenha. Então, a gente desenha. Hoje a gente vai no parque, aí fica lá o desenho do parque. Aí tem o solzinho, meio-dia o almoço”, contou a assistente de audiência, Emily Pinheiro de Araújo Monteiro.
Além de definir atividades, esse planejamento colocado em local visível contribui bastante com a previsibilidade da criança. “Para que ela aprenda a estabelecer horários, limites e, principalmente, ter disciplina, manter uma organização, entender que todas as coisas têm um início, um meio e um fim. Isso ajuda muito em evitar birras, porque ela já entende que aquela situação irá acontecer”, analisou a neuropsicóloga, Alcione Souza.
Nas férias, assim como em cada período da vida da criança, a rotina não precisa ser inflexível, mas um meio de construir memórias positivas. Os pais podem elaborar atividades considerando a faixa etária de cada filho.
“Os pais têm que saber planejar muito bem muito mais para uma criança de educação infantil. A partir dos 6 a 10 anos de idade, é a famosa fase da autonomia. Eu tenho que gerar autonomia. Eu tenho que ensinar a ser autônomo”, reforçou o consultor.
Uma rotina bem feita que inclui aquelas tarefas que nem sempre os filhos querem fazer prepara as crianças para a vida. “Não viver em função do tempo, a pessoa vai se educando a viver do seu jeito. Quando você ensina que a rotina é a forma mais sincera de demonstrar o amor a alguém, então você tá ajudando seu filho a amadurecer de forma extraordinária”, completou João.
E a pequena Celina já entendeu o recado. “Você gosta dessas regrinhas?” -”Sim”.