Avanços e competências

Falta "humanidade" no contexto atual, alerta bispo

"O contexto atual está refém de um déficit humanístico, fator que causa uma incompetência generalizada para a adequada condução de processos, a efetivação de projetos e a fecundidade de ações", defende o Arcebispo de Belo Horizonte (MG), Dom Walmor Oliveira de Azevedo.

No artigo intitulado Avanços e competências, enviado à redação do noticias.cancaonova.com nesta sexta-feira, 13, o prelado explica que os avanços da sociedade contemporânea são medidos levando em consideração, quase que exclusivamente, aspectos de ordem tecnológica e econômica.

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.: "Avanços e competências", artigo de Dom Walmor Oliveira de Azevedo

Nesse cenário, as dimensões do sentido da vida e da condição existencial da pessoa têm sido colocadas em segundo plano, situação que se torna uma espécie de "veneno que corrói o altruísmo e a alegria do viver, até o alto padrão de vida sonhado nas sociedades contemporâneas", alerta.

Dom Walmor vai além e denuncia a busca frenética por cargos e o "carreirismo" que afeta diversas instituições:

"É uma lástima e um prejuízo enorme para a sociedade e toda instituição, civil ou religiosa, a distância de um substrato humanístico indispensável e sua substituição pela pretensão ingênua e néscia de ocupar lugares, garantir benesses e dignificar-se pela ocupação de uma cadeira na instituição religiosa, governamental, civil. Há um déficit humanístico que assola o mundo contemporâneo e está precipitando as pessoas à inversão de um entendimento importante e necessário para a saúde da sociedade. Pensa-se mais na ocupação de cadeiras e de cargos para se tornar importante".

O bispo ressalta que apenas o substrato humanístico (uma vida com bases profundamente humanas) pode alavancar exercícios profissionais e conduzir processos com fecundidade.

Por fim, ressalta:

"O momento atual está clamando por pessoas de uma considerável envergadura humanística, entendida como a mais importante competência, emoldurando o que se aprendeu a fazer profissionalmente. A sociedade precisa ser governada por homens e mulheres com essa têmpera. As instituições precisam alargar seus horizontes e construir suas identidades e missões fundamentadas na competência humanística e, assim, escrever outra história".

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