Exposição mostra a beleza e a história milenar dos kimonos japoneses

Mostra segue em cartaz até o dia 14 de dezembro e reúne 25 quimonos, mas o acervo do museu conta com mais de 400 peças

Reportagem de Aline Imercio e Antonio Matos

Em São Paulo, a exposição “Tecendo histórias: o imaginário dos kimonos” apresenta cores, formas e memórias preservadas que revelam a história e a tradição dessa vestimenta símbolo da cultura oriental.

De celebrações a casamentos, das danças a cerimônias tradicionais. A beleza dos quimonos japoneses ganha destaque na nova exposição do Museu da Imigração Japonesa. “Quimono é Kimono. Tudo que é vestimenta, né, do japonês é Kimono. Quando se introduziu as vestimentas ocidentais no Japão, precisava fazer uma distinção entre um tipo oriental e ocidental. Então, tudo que é oriental, japonesa, passou a ser quimono”, contou o vice presidente da Comissão Administrativa do Museu de Imigração Japonesa, Toshiro Iwayama. 

Toshiro veio para o Brasil ainda criança. Hoje é vice-presidente da Comissão do Museu da Imigração Japonesa. Entre as peças em exposição, uma, em especial, guarda um valor afetivo: o quimono, que pertenceu à sua mãe e foi doado por ele ao museu. “Viveu até 94 anos. Dançou até 88 anos. Ela fez um bom uso dos quimonos e eu queria passar isso para alguém e eu doei pro museu porque eu sei que o museu tem uma coleção enorme de quimonos”, reforçou ele.

Aqui na exposição estão presentes 25 quimonos, mas o acervo do museu conta com mais de 400 peças que podem ser observadas pelos visitantes por meio deste painel interativo. 

A mostra segue em cartaz até o dia 14 de dezembro. Além do Museu da Imigração Japonesa, parte da exposição também pode ser vista no pavilhão japonês, no Parque do Ibirapuera. 

A proposta é celebrativa: marcar os 130 anos do Tratado de Amizade entre Brasil e Japão e destacar como a cultura japonesa continua viva em nosso país. “Pela estimativa que o governo japonês, com base no censo brasileiro, nós somos 2.700.000 pessoas em todo o Brasil. Aqui em São Paulo é o estado que congrega o maior número de contingentes”, apontou o presidente da Sociedade Brasileira Cultural Japonesa e Assistência Social, Roberto Nishio.

“O que impressiona a gente inclusive que não somente os nikkei  são descendentes japoneses, mas os brasileiros estão bastante interessados na cultura japonesa. Tanto é que a maioria dos visitantes deste museu são os brasileiros. É um orgulho isso para nós”, concluiu Toshiro.

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