Conflito no RJ

Exército ampliará operações para dentro do Alemão, afirma general

A participação do Exército será ampliada para o interior do complexo do Alemão numa segunda etapa da ocupação do conjunto de favelas, que foi retomado pelas tropas de segurança no último domingo, 28, segundo o chefe do Comando Militar do Leste, general Adriano Pereira.

De acordo com ele, as tropas deixarão de atuar apenas no entorno do complexo do Alemão e passarão a acessar o interior da comunidade, que reúne cerca de 400 mil habitantes.

"Hoje, estamos na garantia da segurança do perímetro do Alemão. Agora há uma nova diretriz, que vai estender para o interior da área", disse o general à Reuters nesta terça-feira, 30.

O militar afirmou que aguarda um documento do Ministério da Defesa traçando as linhas de atuação, bem como a autorização da permanência de tropas do Exército até outubro do ano que vem, para que seja instalada uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na comunidade.

Nesta terça-feira, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, formalizou um pedido para que 2 mil homens das Forças Armadas sigam no conjunto de favelas até a instalação da UPP na comunidade.

Também nesta terça, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assegurou que as forças federais ficarão no Estado o tempo que for necessário para que seja garantida a paz no Rio de Janeiro.

"A minha estimativa inicial é de uma necessidade de 1.800 a 2 mil homens para lá. Isso só será definido quando fecharmos o planejamento, que começará a ser feito amanhã (quarta-feira)", disse o general.

"Espero concluir esse planejamento até o final de semana. Precisamos de instalações permanentes, com contêineres, dormitórios e banheiros. Hoje estamos com barracas lá e, por um mês, dá para a gente segurar", completou Adriano.

Ele estima que, após a autorização do Ministério da Defesa, a partir de janeiro esse efetivo pedido pelo governo do Estado já esteja permanentemente no conjunto de favelas do Alemão.

"Se o planejamento for rápido, pode ser até antes disso. Precisamos de uma análise in loco, porque estamos só na orla da favela. Vamos nos planejar junto com a polícia vendo a situação lá dentro", disse.

O general considerou bem-sucedida a operação de retomada do Alemão. "O trabalho foi bom. Tiramos muito armamento e houve prisões e apreensões", avaliou.

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