sobre a Pan-Amazônia

Especialistas estudam documento de trabalho do Sínodo dos Bispos 2019

Durante três dias 23 bispos, assessores e especialistas estudaram o Documento de Trabalho do Sínodo dos Bispos sobre a Pan-Amazônia

Da redação, com CNBB

Especialistas durante aprofundamento do documento de trabalho do Sínodo para a Amazônia/ Foto: CNBB

Termina nesta quinta-feira, 18, o Seminário de Estudo do Documento de Trabalho do Sínodo dos Bispos sobre a Pan-Amazônia que acontecerá de 6 a 27 de outubro deste ano, no Vaticano. Participaram do encontro, iniciado na terça-feira, 16, na sede do Centro Cultural Missionário, em Brasília-DF; 23 bispos, sendo 5 deles membros do Conselho Pré-Sinodal, secretário Executivo da Rede Eclesial Pan-Amazônica/REPAM, assessores e especialistas.

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No grupo de quase 50 participantes da atividade, além dos brasileiros residentes na Amazônia, participaram do Seminário de Estudos pessoas de outras regiões do país e de outros países da Pan-Amazônia. “Este encontro é importante porque nos permite sonhar com uma Igreja mais encarnada, que não tem medo de encarar os desafios que a Amazônia enfrenta, que se propõe a dialogar com as diversidades variadas desse imenso território”, afirmou Dom Adriano Ciocca, bispo Prelado de São Félix do Araguaia, um dos organizadores do evento, na abertura do Seminário.

O objetivo do encontro foi, a partir do contexto desafiador da Amazônia e da memória do percurso sinodal realizado até agora, aprofundar coletivamente o estudo do Documento e Trabalho, para elaborar propostas concretas e fundamentadas em vista da Assembleia Sinodal de outubro.

Para o secretário executivo da REPAM, Maurício Lopez, o Instrumento Laboris, mesmo que ainda incompleto, permite que os povos se reconheçam nele. “Agora, no Sínodo, é momento de defendermos a voz de Deus que veio por meio dos povos”, disse.

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Durante os três dias o grupo se concentrou  em torno a três grandes eixos de estudo e propostas:

A realidade amazônica: como responder ao grito da terra e dos pobres no chão da Amazônia, terra em disputa entre, de um lado, os povos indígenas, os quilombolas e comunidades tradicionais, com suas formas próprias de vida e, de outro, a voracidade do capital de mineradoras, madeireiras, agronegócio e grandes projetos de energia e infraestrutura?

Uma Igreja toda ela ministerial: como reconhecer, ampliar, consolidar e consagrar a diversidade dos ministérios e o papel das mulheres, com especial atenção ao clamor das comunidades pela Eucaristia, como direito de todo o Povo de Deus?

Os desafios do mundo urbano, que concentra cerca de 80% da população da região: como suscitar comunidades vivas e atuantes entre os moradores, em sua maioria, migrantes marginalizados na periferia das cidades, mas também entre os jovens nas escolas e universidades? Como lidar com a cultura secularizada e consumista difundida pelos meios de comunicação e com a grande diversidade de Igrejas e movimentos religiosos, desafio importante para o ecumenismo, o diálogo inter-religioso, a inculturação e a cooperação em busca da justiça e do cuidado da com a Casa comum?

O encontro foi organizado pelo Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular/CESEEP e pela REPAM-Brasil.

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