Artigo Empreendedorismo

Especialista relaciona tecnologia e crescimento organizacional

Vertentes do Setor de Recursos Humanos e o profissional 4.0

André Prado*

A tecnologia estabeleceu um caminho sem volta para a humanidade. Neste quesito, de nada adianta tentar resistir à quarta revolução industrial, também denominada como Revolução 4.0.

A Revolução Industrial 4.0 tem foco na evolução da inteligência artificial, robótica, nanotecnologia, biotecnologia, neurotecnologia e outros fatores relevantes ao desenvolvimento tecnológico. A Quarta Revolução Industrial propicia profundos impactos nas formas de produção e consumo da sociedade.

Essa revolução afeta desde o mercado de trabalho até questões da desigualdade social. O analfabetismo, por muito tempo, era a denominação atribuída apenas às pessoas que não sabiam ler ou escrever. Porém, com o progresso surgiu o analfabetismo digital no qual os indivíduos que não dominam tecnologias perdem várias oportunidades.

Para acompanhar o progresso, os departamentos de Recursos Humanos (RHs) das empresas também tiveram de evoluir. Surge então o RH 4.0 que, além de estar alinhado às estratégias organizacionais, possui forte viés na utilização de tecnologias para auxiliar em diversos processos. Todavia, engana-se quem acredita que este tipo de RH tem foco apenas em processos.

A essência são as pessoas, pois enquanto a tecnologia atua nos processos, o setor de Recursos Humanos pode se concentrar nos colaboradores.

Sabe-se que ainda existem vários RHs tradicionais realizando gestão de pessoas. Já os RHs Estratégicos focam na gestão com pessoas, o que é totalmente diferente e bem melhor do que é realizado pelos RHs tradicionalistas.

A aquisição de bons softwares ao departamento de RH gera maior agilidade ao setor, permitindo controle de ponto automatizado, gerenciamento do banco de horas, cálculos da folha de pagamento, geração de relatórios analíticos e assim por diante.

As novas ferramentas permitem, por exemplo, a filtragem em milhares de currículos enviados selecionando apenas aqueles que possuírem determinadas qualificações previamente parametrizadas e desejadas. Com isso, somente os currículos com os perfis desejados serão selecionados para análise do profissional de RH. Isso ressalta inclusive a importância dos candidatos aprenderem a preparar um bom currículo.

Existem diversas vantagens na implantação do RH 4.0. As mais difundidas se relacionam com a manutenção de talentos, administração remota dos empregados, melhoria da comunicação interna, minimização dos custos, maximização da produtividade, entre outras possibilidades.

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O profissional do futuro

Sabe-se que uma série de profissões existentes sequer existirá no futuro. Para acompanhar o desenvolvimento organizacional as empresas almejam ter talentos multifacetados para ocupar postos de trabalho.

Em conformidade com as novas necessidades surge então o profissional 4.0, que, além de dominar as tecnologias emergentes da empresa digital, deve ter altíssima inteligência emocional para contribuir com o crescimento organizacional.

Antigamente o mecanicismo predominava nas organizações. Este fato remete aos conceitos abordados no filme Tempos Modernos com Charles Chaplin, contexto em que a produção não exigia nenhuma criatividade.

O profissional do século XXI tem de ter uma gama de bons atributos para ser contratado e garantir a permanência no emprego. As organizações estão cada vez seletivas, elevando o padrão de exigências, etapas de seleção e requisitos para a ocupação de cargos.

Entre inúmeros aspectos desejáveis por boa parte das empresas, é que o profissional seja criativo, inteligente, flexível, ágil, domine tecnologias inovadoras, tenha capacidade de se adaptar, detenha competências emocionais, desenvolva um trabalho de qualidade, tenha formação multidisciplinar, possua postura ética, saiba trabalhar em equipe e ocupar posições de liderança quando necessário.

As empresas, diante de tantas preocupações propiciadas pelas instabilidades que ocorrem no ambiente interno e externo, necessitam de colaboradores que apontem e façam parte das soluções ao invés de gerarem e serem parte dos problemas.

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*André Prado é Mestre em Educação com Menção em Gestão pela Universidad Politécnica Salesiana Ecuador, pós-graduado em Engenharia da Qualidade e bacharel em Administração de Empresas. Desenvolve atividades na Escola de Engenharia de Lorena da Universidade de São Paulo, Faculdade Canção Nova e Centro Universitário Teresa D´Ávila. Para conhecer mais sobre gestão visite o site: www.andreprado.com.br

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