As escolas particulares devem anunciar em breve um aumento de quase 10% nas mensalidades para 2026. O percentual foi estimado em uma pesquisa nacional com mais de 300 colégios.
Reportagem de Flavio Rogério e Antonio Matos
Jéssica é mãe de dois filhos e aguarda o reajuste anual no valor da mensalidade escolar de um deles. “Na realidade tudo aumenta, não só a escola, como plano de saúde, até as compras do mercado. Então, de fato, a gente tem que fazer um planejamento financeiro e não tem jeito”, disse a gerente de TI, Jessica Toledo.
O levantamento ouviu 308 escolas privadas de todo o Brasil. O reajuste de quase 10% é uma média dos aumentos projetados pelos colégios consultados na pesquisa. “Na prática, o valor cobrado do ano letivo deve ter como base que foi pago no ano anterior, podendo incluir a variação dos custos com salário, energia, manutenção, tecnologia, etc. O ponto central é que não existe um índice fixo como IPCA e GPM que limite esse reajuste. O que ali exige transparência e coerência. Os pais têm o direito de solicitar o esclarecimento e as escolas devem ser claras quanto à origem dos aumentos”, analisou o contador especialista em investimento, Cristiano Lima.
Se confirmada a previsão, o reajuste será mais que o dobro do índice de inflação projetado para este ano de 4,81%. Por lei, as famílias precisam ser informadas sobre o valor do aumento anual no mínimo 45 dias antes do prazo final para a matrícula. “Para as famílias, o ideal é planejar com antecedência. Revisar o orçamento familiar agora é essencial para projetar o impacto e não ter surpresa em janeiro. Todo mundo sabe que janeiro é um mês que tem bastante custos extras”, retomou Cristiano.
Jéssica, segue as dicas do especialista. “A gente tem que pagar a escola. Então a gente às vezes acaba fazendo alguns cortes eh de algum gasto assim que seja um pouco mais supérfluo. Então, quem quem é casado, fazer aí a soma com com o marido, com a esposa, e se planejar para de fato ter esse planejamento financeiro, essa organização”, concluiu Jessica.
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