A ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, pediu demissão do cargo nesta quinta-feira, 16. A informação foi dada há pouco pelo porta-voz da Presidência da República, Marcelo Baumbach, depois que Erenice se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Baumbach leu a carta de demissão apresentada por Erenice. “Preciso agora de paz e tempo para defender a mim e à minha família, fazendo com que a verdade prevaleça, o que se torna incompatível com a carga de trabalho que tenho a honra de desempenhar na Casa Civil”, afirmava trecho do texto.
A demissão do cargo está ligada a denúncias de tráfico de influência envolvendo o filho da ministra. Segundo a matéria publicada em uma revista, Israel Guerra, que era funcionário da ANAC teria ajudado uma empresa aérea a renovar permissão para voar no Brasil. Com a licença o filho de Erenice também teria intermediado um contrato da companhia com os correios mediante pagamento de propina.
As pressões para a demissão da ministra só aumentaram nesta quinta-feira, 16, depois que um jornal publicou denúncias de um empresário que teria pago mais de 400 milhões de reais a Israel Guerra para conseguir um empréstimo de 9 bilhões junto ao BNDES. Segundo ele a própria ministra teria participado de uma das negociações. Com mais uma acusação a permanência de Erenice Guerra no comando da casa civil acabou se tornando insustentável e poderia interferir na candidatura de Dilma Roussef à presidência.
Quem assume interinamente o comando da Casa Civil é o atual secretário executivo, Carlos Eduardo Esteves Lima.
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