O ato da Missão Ecumênica foi motivado por um ataque a três indígenas que estavam acampados no “Tekoha-Guapoy”
Da redação, com CNBB
A Missão Ecumênica Guarani-Kaiowá, formada pela Coordenadoria Ecumênica de Serviço (Cese), pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic), pelo Centro Ecumênico de Estudos Bíblicos (Cebi) e pela Articulação e Diálogo Internacional (PAD), realizou, nesta quinta-feira, 14, o segundo Ato Ecumênico em defesa dos povos indígenas. A mobilização aconteceu em frente à Assembleia Legislativa do Mato Grosso do Sul, em Campo Grande (MS).
O ato da Missão Ecumênica foi motivado por um ataque a três indígenas que estavam acampados no “Tekoha-Guapoy”. O fato ocorreu, de acordo com os organizadores, em meio ao processo de demarcação de terras dos povos indígenas na região de Caarapó (MS).
As entidades pretendem denunciar a situação de conflito vivida na região e buscam sensibilizar a população sobre a importância do apoio “na luta pela garantia dos direitos dos povos indígenas garantidos pela Constituição de 1988”.
Além do ato, os membros da Missão se reunirão com lideranças e apoiadores da causa indígena do Mato Grosso do Sul e participarão de encontro com o procurador do Ministério Público Federal do estado. Para esta sexta-feira, 15, está prevista uma visita à região de Caarapó em Dourados (MS). Os missionários farão entrega de cobertores e roupas de inverno aos indígenas.
A primeira edição da Missão Ecumênica em favor dos indígenas do Mato Grosso do Sul aconteceu em outubro de 2015, em apoio ao Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e para dar visibilidade nacional e internacional às violações de direitos sofridas pelos índios.
De acordo com o Cimi, entre 2000 e 2014, foram assassinados 390 indígenas no estado.