O senador Tião Viana (PT-AC) é o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo, que fez sua primeira reunião nesta quinta-feira (17). Em sua primeira decisão no cargo, ele nomeou o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) relator da comissão. Os senadores elegeram ainda o senador Renato Casagrande (PSB-ES) vice-presidente. Na próxima terça-feira (22), a CPI fará reunião para analisar plano de trabalho a ser apresentado pelo relator.
A reunião que elegeu o presidente foi aberta pelo senador Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA), o parlamentar mais idoso da comissão. Tião Viana e Casagrande receberam 12 votos, tendo sido eleitos por unanimidade. A escolha dos nomes do presidente, do vice e do relator se deu graças a acordo firmado entre governo e oposição.
A CPI já começa a trabalhar nesta tarde. De acordo com Tião Viana, membros da comissão visitarão a Polícia Federal, a Controladoria Geral da União, o procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, e o presidente da CPI que trata do mesmo assunto na Câmara dos Deputados, deputado Marcelo Castro (PMDB-PI).
Ao ser escolhido presidente, o senador Tião Viana agradeceu pela unanimidade em torno do seu nome e assumiu responsabilidade perante a sociedade de manter a ética e dar as respostas pelas quais a sociedade anseia. O senador destacou sua intenção de cumprir rigorosamente as normas constitucionais e disse que a sociedade precisa compreender a importância histórica das comissões parlamentares de inquérito. Tião Viana acrescentou esperar que a CPI "corresponda às expectativas e à responsabilidade da situação".
O presidente da comissão leu estudo do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o funcionamento das comissões parlamentares de inquérito, lembrando que as comissões têm interface com o Judiciário e precisam investigar dentro da legalidade e dos fatos determinados no requerimento de sua criação. Tião Viana disse ainda que a CPI precisa ter "tranqüilidade" para agir com respeito a esses critérios.