Cidadania

Eleições 2018: cientista político indica o que fazer para um voto consciente

Este ano, eleitores irão escolher candidatos para cinco cargos públicos; entenda os passos para fazer um voto consciente no pleito de 7 de outubro

Kelen Galvan
Da redação

Nas eleições deste ano, quase 29 mil candidatos disputam pelo voto do eleitor, que deverá eleger presidente, governador, dois senadores e deputado federal e estadual. Diante de tantas opções, como fazer uma escolha consciente?

O cientista político Felipe Rodrigues explica que, para fazer uma boa escolha, o eleitor deve analisar se o partido do candidato está de acordo com suas convicções e se suas propostas condizem com seus valores, além de observar como ele se posiciona em determinados assuntos.

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É preciso verificar ainda se o candidato já foi investigado ou condenado por corrupção, se responde a ações na justiça, sua história de vida e política, se já foi eleito e teve uma boa atuação, quais são suas alianças e se suas propostas condizem com o cargo ao qual ele se candidata.

Cientista político Felipe Rodrigues defende que eleitores busquem informações sobre os candidatos para fazer uma escolha consciente / Foto: Arquivo Pessoal

“Um bom político deve trazer propostas concretas para resolver os problemas da cidade e do país e deve ter consciência de qual o papel dele nesse processo. O ideal é que já tivesse experiência no que se propõe, com alguma atuação na defesa de uma causa ou na gestão pública ou privada”, esclarece Rodrigues.

Onde pesquisar sobre os candidatos

Diferente das eleições de 2014, este ano os eleitores irão eleger seis pessoas para os cargos públicos, isso porque o Senado irá renovar dois terços dos senadores. Para cada cargo, há um número considerável de candidatos, por isso é preciso ter consciência na hora de votar.

Para saber mais sobre aqueles que disputam o pleito, os eleitores podem procurar informações no site dos próprios candidatos, no site da Justiça Eleitoral, no site dos partidos e nas respectivas redes sociais, além de acompanhar as notícias em veículos de informação confiáveis.

Importância do voto

Felipe Rodrigues explica que ter consciência na hora de votar é saber o que o voto realmente vale: “Votar de forma consciente significa entender que o voto é a ferramenta que os cidadãos têm para ‘premiar’ com a reeleição quem fez um bom trabalho pela sociedade e protestar contra quem não honrou o voto da última vez”.

Ele enfatiza que é pelo voto que os cidadãos podem ter soluções para seus problemas diários e ter debates mais qualificados sobre como se dará a solução dessas questões. “O voto é a principal ferramenta que o cidadão tem para dizer não à corrupção e para ajudar os demais brasileiros a construírem cidades melhores”, destaca.

O cientista ressalta que votar nulo ou branco tem implicações, porque o cidadão se abstém de ajudar a decidir quem será eleito e transfere a decisão para os outros. Além de causar prejuízo aos cofres públicos, uma vez que a Justiça Eleitoral gastou dinheiro para viabilizar toda a infraestrutura da eleição.

“No fim das contas, os votos brancos e nulos não ajudam o país. Ao contrário, diminuem a quantidade de votos necessários para um candidato ser eleito. Se metade da população abrir mão do direito de escolher, terá que suportar a escolha da outra metade”, aponta.

Pesquisas eleitorais

Felipe Rodrigues esclarece que as pesquisas eleitorais não são um prognóstico, que diz o que acontecerá nas urnas, mas são um diagnóstico da situação eleitoral atual, que pode levar os candidatos a fazerem escolhas diferentes e conquistarem mais eleitores.

Ele explica que, principalmente nas eleições majoritárias (presidente, governador e senador), o eleitor deve levar em consideração as pesquisas para saber como está o desempenho dos candidatos ao longo do tempo, mas entendendo que elas não antecipam o resultado das urnas.

Rodrigues destaca que à medida que as eleições se aproximam, a opção dos eleitores votarem em que está à frente das pesquisas pode ganhar força, mas é preciso seguir as próprias convicções. “É importante, acima de tudo, votar segundo sua consciência e seus valores”, enfatiza.

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