Planejamento

Economista dá dicas de como administrar despesas nesse início de ano

Início de ano exige planejamento para que o consumidor consiga dar conta dos diversos gastos que chegam de uma vez

Thiago Coutinho
Da redação

Segundo economista, a melhor maneira de se evitar gastos excedentes no início do ano é se antever a eles / Foto: Steve Buissinne por Pixabay

Programação é algo que pode ajudar a lidar com as diversas despesas que caracterizam o início de ano. IPVA, IPTU, material escolar acrescidos das despesas tradicionais são as principais preocupações de quem cuida do orçamento familiar. Por isso, é importante que o consumidor se programe para poder dar conta de tudo.

Para o economista Alessandro Gomes, é fundamental que o pagamento desses impostos sejam já programados no fim do ano anterior, pois esses gastos não são imprevistos. “É preciso antecipar as despesas que estão por vir”, aconselha Gomes. “As contas de início de ano já deveriam ter sido pensadas no ano passado, quando muitas pessoas recebem o 13° salário. Para quem não se planejou no final do ano passado, a solução é parcelar estes gastos, evitando ao máximo ter que fazer um novo empréstimo”, reitera.

Mas com a chegada da pandemia, houve uma certa flexibilização no pagamento de algumas dívidas. O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) de anos anteriores, por exemplo, pode ser parcelado. Este parcelamento, porém, não é para todo o país, uma vez que se trata de um imposto estadual. Em São Paulo, o IPVA atrasado pode ser parcelado em até 10 vezes no boleto.

A Procuradoria Geral do Estado de São Paulo (PGE/SP), que é responsável pela cobrança dos tributos estaduais inscritos em dívida ativa, abriu a possibilidade de parcelamento das dívidas IPVAs pendentes, do ano passado e dos anteriores. Além disso, acordos não cumpridos em outros parcelamentos poderão ser refeitos. Para realizar o pagamento parcelado, basta acessar o portal da Dívida Ativa.  

Para quem tem o automóvel registrado em outros estados, é preciso consultar a Secretaria da Fazenda em que ele está vinculado. “Vale a pena sim, renegociar estes IPVAs atrasados com correção pela SELIC, como no caso do governo de São Paulo”, aconselha o economista.

Empréstimos: quando fazê-los?

Algumas pessoas recorrem a empréstimos para quitar outras dívidas. Mas esta manobra pode se tornar uma armadilha, pois o pagamento será a longo prazo, atrelando a pessoa àquele débito por um tempo longo.

“No entanto, algumas opções de composição das dívidas em um único empréstimo com taxa média menor que os empréstimos consolidados podem ser uma boa saída, desde que a pessoa se comprometa a não fazer mais dívidas”, explica Gomes. “As dívidas só acabam no dia em que o devedor para de fazer novas dívidas”, adverte.

Material escolar

O material escolar é uma outra preocupação que chega nesta época do ano. O principal conselho para não se assustar com os preços é pesquisar constantemente. Além disso, há uma outra manobra que pode garantir um bom desconto para os pais: as compras coletivas. “As compras coletivas permitem um maior poder de negociação e podem melhorar as condições de compra. Sempre pechinchar e pedir descontos”, explica Gomes.

O economista também aconselha que os pais negociem estas listas de materiais — especialmente neste tempo de pandemia. “Muitos materiais nem são usados pelos alunos, inclusive durante a pandemia os materiais de 2020 devem estar intactos, hora de negociar com a escola o uso dos materiais do ano de 2020 e questionar o que realmente será usado”, aconselha.

Organização

A melhor maneira para se preparar com relação aos gastos financeiros é se organizar, estabelecer metas e colocá-las em prática. “Tudo deve ser pensado, discutido e adaptado de acordo com a renda mensal. Por exemplo: o supermercado tem ficado muito caro, a família deve trocar as idas ao supermercado por idas às feiras livres, pois além de economizar isto também proporcionará uma alimentação mais saudável”, recomenda o economista.

Outras dicas importantes apresentadas por Gomes: utilizar menos o automóvel, procurando alternativas como  bicicleta ou andar a pé. “Andar mais a pé ou de bicicleta traz benefícios financeiros e à saúde. Tudo é uma questão de aperfeiçoar nossos hábitos. As assinaturas mensais também devem ser repensadas. Por que pagar três ou quatro assinaturas de serviços de streaming?”, finaliza.

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