Secretário-geral da CNBB presidiu a missa do segundo dia dos trabalhos da 58ª Assembleia Geral dos bispos do Brasil
Da redação
Apresentar dificuldades e esperança ao Senhor. Foi o pedido do secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e bispo auxiliar do Rio de Janeiro, Dom Joel Portela, aos bispos do país.
O prelado presidiu a celebração eucarística do segundo dia da 58ª Assembleia Geral dos bispos do Brasil (AG). A missa foi transmitida pelo Youtube da Conferência.
Missa: abertura diária da AG
Em sua homilia, Dom Joel destacou que toda a AG traz uma marca e suscita uma série de perguntas.
“Qual lado irá predominar? O que faremos para conseguir tal ponto? Quais recursos serão utilizados? Quais os procedimento e protocolos que serão seguidos? O que juridicamente será feito?”, são algumas delas.
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De acordo com o bispo, os detalhes tecnológicos, jurídicos e protocolos são importantes, mas mais importante ainda é iniciar a AG, o dia de trabalho, diante do altar.
“Dá um outro sentido. Faz com que a Assembleia seja um ato de fé”, sublinhou o secretário-geral da CNBB.
Apresentar dificuldades e esperança
O prelado afirmou que as leituras da Missa desta segunda-feira, 12, e desta terça-feira, 13, são uma continuidade. Elas detalham o encontro de Jesus com Nicodemos.
Segundo Dom Joel, a Igreja quando faz uma Assembleia, os bispos quando se reúnem em Assembleia, querem fazer como Nicodemos: colocar-se diante do Senhor.
“Apresentar suas dificuldades e também esperança”, frisou. O bispo reforçou que a AG é um encontro com o Senhor, que gera um resultado muito significativo.
Jesus que vai ao encontro do seu povo
No final do Evangelho de hoje, Jesus recorda a Nicodemos um texto do Antigo Testamento e lembra as serpentes que atacavam o povo no deserto.
Na primeira leitura, o povo chama Moisés e pede que ele faça uma serpente de bronze.
Dom Joel recordou que o povo da primeira leitura tinha muitas necessidades, enquanto o povo do Evangelho não. Mas, mesmo diante dessa ausência de dificuldade, Jesus Ressuscitado, pela força do espírito, vai até eles.
O prelado voltou a repetir que a 58ª AG marca a história da Igreja no Brasil. Igreja essa que deseja ter uma história de serviço, principalmente aos necessitados.
Pandemia
Mesmo a pandemia da Covid-19 não estando em pauta na 58ª AG, o bispo recordou que o ambiente em que todos os bispos do Brasil estão inseridos é o de pandemia.
“Estamos tristes e envergonhados de estarmos no topo do ranking dos países de maiores mortes e casos. Coloquemos isso diante do Senhor”, incentivou.
Dom Joel citou os muitos problemas vividos no país, como os mais de 300 mil mortos, a falta de oxigênio em alguns locais e também a corrupção. “A pandemia ganha uma lente de aumento”.
Pedidos a Deus
Ao final de sua homilia, o secretário-geral da CNBB exortou os bispos a pedirem a Deus que os ilumine e oriente neste tempo.
“Que Deus dê força aos bispos e à Igreja no Brasil para que o enfrentamento da pandemia seja feito no espírito de serviço”.
Escutando a voz do Senhor, Dom Joel afirmou que a Igreja coloca-se a serviço para que haja vida e paz para todos. “Peço e agradeço: rezem por nós, pela Igreja no Brasil, pelo Brasil”, concluiu.