Papa Francisco chegou hoje ao Egito; Dom Biasin destaca importância dessa viagem
Monique Coutinho
Enviada à Aparecida (SP)
No 3º dia da Aseembleia Geral dos Bispos do Brasil, que acontece em Aparecida (SP), o bispo da diocese de Barra do Piraí – Volta Redonda (RJ), Dom Francisco Biasin, comentou a viagem do Papa Francisco ao Egito, que começou na manhã desta sexta-feira, 28, e vai até sábado, 29.
De acordo com Dom Biasin, a presença do Pontífice em terra egípcia é de extrema importância para a população, já que no país existem muitas perseguições às igrejas. “A última a ser atingida foi a Igreja Copta, no dia de Páscoa e me parece que foram em dois templos, mataram dezenas de pessoas e a perseguição é feita pelos fundamentalistas Islâmicos”, diz.
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Para o bispo, o Papa Francisco é genial em apresentar algumas soluções para determinados problemas enfrentados por todo o mundo.
“Por exemplo, o Santo Padre convidou o Patriarca Bartolomeu a visitar com ele o país e também o Primaz da Igreja Anglicana. Então não é só a visita do Papa Francisco, mas de alguns líderes de Igrejas que se juntam para a defesa da vida e para a liberdade religiosa naquele país. A ida de Francisco ao Egito tem uma alta significância ecumênica”.
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Diversas atividades marcarão a visita do Papa ao Egito, como discursos, encontros e celebração da Santa Missa para cerca de 272 mil católicos, minoria da população egípcia. A expectativa destes momentos, para Dom Francisco, é que aos poucos os fundamentalismos sejam superados.
“Esperamos que haja mais diálogo, mais compreensão e a partir da tolerância, mais respeito e diálogo. Esperamos isso não somente no Egito, mas que as atitudes do Papa, e sobretudo essa sua capacidade de incluir outras lideranças religiosas, se difunda na Europa e porque não na América Latina e no Brasil. Local onde ultimamente os fundamentalismos começam a aparecer de uma forma que preocupa”.
O primeiro discurso do Papa Francisco em solo egípcio foi aos participantes da Conferência Internacional em prol da Paz. O bispo afirma que uma das maiores preocupações está relacionada à segurança do Santo Padre, porque muitas vezes falar na verdade e na transparência da realidade da vida pode ter um retorno inesperado.
“Mas acreditamos que o bom senso e sobretudo a pessoa do Papa Francisco, que é um homem da paz, é uma liderança reconhecida internacionalmente. Que a sua presença possa fazer com que as pessoas que, eventualmente não pensam como ele e não queiram aceitá-lo, pelo menos respeitem a sua visita” conclui.