Uma Missa será celebrada em ação de graças pelos 50 anos da restauração do diaconado permanente no Brasil
Arquidiocese de Brasília
Neste sábado, 24, a Comissão Arquidiocesana dos Diáconos de Brasília vai celebrar uma Missa em Ação de Graças pelos 50 anos da restauração do diaconado permanente no Brasil.
A Celebração será na Catedral Metropolitana de Brasília, às 9h, e será presidida pelo bispo auxiliar e referencial dos diáconos, Dom José Aparecido. Todos estão convidados a participar.
A restauração do diaconado se deu no contexto do Concílio Vaticano II, quando abriu-se espaço para homens casados serem ordenados para o serviço diaconal no Brasil, já que só era permitido ser diácono homens que posteriormente se tornariam padres.
Inicialmente, o trabalho do diácono permanente era ir a lugares onde o padre não poderia estar. Após 1990, a mentalidade começou a se modificar, abrindo espaço para homens diretamente inseridos na sociedade como médicos, advogados, entre outros, para o serviço direto à Igreja local.
O Diácono Carlos Magno dos Santos, que faz parte do setor tecnológico da Comissão Arquidiocesana dos Diáconos Permanente, explica essa mudança pós-Concílio Vaticano II.
“Foi sumindo, após os primeiros séculos, a figura dos diáconos que não se tornavam padres, mas permaneciam diáconos em estado definitivo. Assim, durante muito tempo, só havia a figura de diáconos que estavam se preparando para o sacerdócio. O Concílio Vaticano II quis retomar o ministério do diácono em grau permanente, voltando, desse modo, à era da Igreja primitiva que tinha homens ordenados para serem somente diáconos, inclusive sendo casados. Neste sentido, falamos em restauração ou restabelecimento do diaconado em grau permanente”.
Atualmente, a Arquidiocese de Brasília dispõe de 102 diáconos permanentes. Desses, cerca de 85 são atuantes nas diversas paróquias do Distrito Federal.
Desafios
Diácono Carlos falou ainda sobre os principais desafios enfrentados atualmente pelo serviço diaconal em Brasília.
“Por se tratar de um ministério ainda relativamente novo na Igreja de rito latino, há bastante desconhecimento e equívocos que vão desde o fato de acharem que o diácono é um meio padre, à ideia de que um diácono é um leigo mais qualificado no meio da comunidade. Não é bem isso. São os desafios que enfrentamos em fazer com que as pessoas entendam que o diácono é um ministro ordenado, portanto, faz parte do clero e, ao mesmo tempo, alguém que tem vida profissional, vive na sociedade, mas tem uma missão muito específica na vida da Igreja,” explica.