Mutirão da Comunicação

Desmatamento da Amazônia é discutido por comunicadores em Belém

Religiões e Missão na Amazônia foi o tema de um dos três seminários que aconteceram simultaneamente nesta terça-feira, 17, no 5º. Mutirão Brasileiro de Comunicação (Muticom) que se realiza em Belém (PA) desde o dia 15, promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

O coordenador de Pastoral da Arquidiocese de Belém, Padre Raimundo Possidonio Carrera abriu o seminário falando da colonização da Igreja católica na Amazônia e de todo o seu processo histórico. Reconhecendo os erros e acertos do passado, Padre Raimundo disse que a missão evangelizadora da Igreja nesta região é procurar transmitir o Evangelho de Jesus "de modo que a riqueza da Amazônia seja partilhada com todos, procurando libertar o povo da região das mazelas geradas pela ganância e poder".

Com uma carreira na rádio Rural de Santarém, o radialista Padre Edilberto Sena trabalhou o tema a partir da realidade geopolítica cultural e religiosa da região. Para ele o agronegócio, as mineradoras, as madeireiras e o governo federal são os quatro grandes "demônios" que destroem a Amazônia. "Por que são demônios? Porque todos cobiçam a Amazônia pelo que ela tem sem respeitar os 23 milhões de seres humanos aqui existentes", disse o radialista. "Para expulsar esses demônios da região amazônica são necessárias duas atitudes do cristão: o conhecimento da realidade amazônica e o nosso comprometimento com a Amazônia", completou.

Já o reverendo Marcos Fernando Barros de Souza, do Conselho Amazônico das Igrejas Cristãs (CAIC), concluiu o seminário defendendo que é possível fazer uma comunicação ecumênica entre as Igrejas cristãs. "Basta que a nossa missão esteja a serviço da comunicação e não a comunicação a nosso serviço, pois antes de sermos comunicadores, somos mandados por Deus para anunciar o evangelho pela liberdade e defesa da vida", afirmou o pastor.

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