O professor Gabriel Chalita falou sobre "Dignidade Humana: um desafio educacional e social". Já a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Márcia Lopes, proferiu a palestra "O desafio da assistência social frente às políticas públicas e o desenvolvimento social do país". Também houve um debate com questões levantadas pelo público presente e outras enviadas através do twitter – http://twitter.com/socialcn.
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"O trabalho social da Canção Nova é tradução do Evangelho. Buscamos acolher e trabalhar com a pessoa inteira", destacou a superintendente da Rede, Silvia Helena Gonzaga. Logo no início do Encontro, ela afirmou que o trabalho social faz parte do dom Canção Nova. A madrinha da Rede e cofundadora da Comunidade Canção Nova, Luzia Santiago, explica o que isso significa:
"Não evangelizamos apenas através do anúncio da Palavra de Deus, do kerygma, mas também dando nossa contribuição para diminuir a exclusão social, e isso desde o início da Comunidade. Para nós, esse trabalho significa o derramamento do anúncio do Evangelho – quem conhece a Boa Nova quer ajudar na construção de uma sociedade melhor, fazer cumprir as Bem-Aventuranças", diz.
Mais de 500 pessoas participaram do Encontro, entre lideranças do Terceiro Setor, estudantes, autoridades, empresários e representantes de órgãos públicos, prefeituras e secretarias de assistência social do Vale do Paraíba (SP) e do Sul de Minas Gerais e Rio de Janeiro.
A TV e a Rádio AM do Sistema Canção Nova de Comunicação transmitiram o evento ao vivo.
Dignidade humana
O professor Gabriel Chalita salientou que Dignidade Humana (DH) é "cuidar da pessoa toda e de todas as pessoas", no sentido de uma atenção integral a todas as dimensões de todas as pessoas. Citando as cartas encíclicas de Bento XVI, ressaltou o posicionamento do Pontífice quanto à necessidade desse cuidado integral.
Chalita indicou a educação como a política mais forte de inclusão social, pois ensina a pessoa a ser, conviver, conhecer e fazer – elencando os pilares da Unesco para a educação. Da mesma forma, lembrou que política social não é pena, mas compaixão: "colocar-se com o coração próximo ao coração do outro", afirmou.
O risco do reducionismo das políticas sociais a estatísticas também foi alertado. "Política social é acolhimento. Conjugar o verbo cuidar é essencial para a construção da Dignidade Humana, da Ética", disse Chalita. Para isso, o diálogo e parceria entre Estado e instituições não governamentais é fundamental.
"É uma época de parceria, pois o Estado não conseguirá resolver nada sozinho e as entidades, sem o aporte estatal, também não".
E finalizou: "Nosso desafio como cristãos e cidadãos é permitir que ninguém mais seja invisível".
Políticas públicas
A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Márcia Lopes, enfatizou o desafio de coordenar as políticas públicas em um país que abarca uma complexidade tão grande de relações, como é o caso do Brasil.
"Com a criação desse Ministério, em 2004, saiu-se do entendimento da assistência social como benemerência ou assistencialismo. Buscamos fazer com que o sistema descentralizado que hoje existe possa ganhar o status de política pública, que deve ser organizada e formatada a partir de certas metodologias específicas".
Márcia também ressaltou a obrigação de se fazer avaliação e monitoramento contínuos dos recursos aplicados nos diversos municípios.
A ministra expressou seu desejo de conhecer os trabalhos sociais desenvolvidos pela Rede. "Quero voltar aqui para conhecer o que a Canção Nova realiza", finalizou.
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