Dieese

Desemprego em São Paulo registra menor taxa desde 1997

O índice de desemprego em São Paulo registrou a menor taxa desde 1997 para o mês de janeiro. Um milhão e quatrocentas mil pessoas estão sem emprego com carteira assinada.

Fábio Luiz da Silva trabalha com vendas e ficou um mês desempregado. Agora está passando por um processo de seleção que vai recolocá-lo no mercado de trabalho. Para concorrer a esta vaga, ele já passou por três entrevistas. "É um longo processo mas vale a pena porque muita gente desiste quando sabe que o emprego é para a área de vendas", explica.

Assim como ele, um milhão e quatrocentas mil pessoas estão desempregadas na região metropolitana de São Paulo. Na contra-mão deste resultado, segundo o levantamento realizado pelo Dieese entre janeiro de 2007 e janeiro deste ano, 54 mil pessoas deixaram a condição de desempregadas. "Esses números não surpreendem tanto assim porque geralmente em janeiro há um corte de pessoal nas empresas, mas é bem maior do que registramos este ano", explica o coordenador da pesquisa, Alexandre Loloian.

Por outro lado, a pesquisa mostra que o rendimento médio do trabalhador caiu 1,8% em janeiro na comparação com o mês de dezembro. O levantamento realizado em seis regiões metropolitanas mostra que a taxa de desemprego total não variou e permaneceu estável em Belo Horizonte, São Paulo e Porto Alegre, caiu em Salvador e subiu em Recife e no Distrito Federal.

"Podemor ter outras avaliações com o resultado apontado nesta pesquisa mas, com certeza, o brasileiro está trabalhando mais", comenta a economista do Dieese, Patrícia Lino Costa.

O setor do comércio aumentou em 1,1% mantendo o crescimento pelo terceiro mês consecutivo enquanto que os serviços registraram uma estabilidade, neste mês que se costuma observar uma redução de vagas. Este resultado se deve a preparação recebida pelos novos funcionários antes de começarem a trabalhar. "As empresas estão preocupadas com os resultados e por isso terceirizam a contratação e dão preferência para aquelas que também dão treinamento", explica a diretora operacional da DR Recrutamento, Claudi Meire Placa.

A realidade do mercado de trabalho mudou muito nos últimos cinco anos, principalmente nos grandes centro urbanos. O emprego temporário que antes era visto apenas como um "bico" agora pode ser a porta de entrada para o trabalho efetivo, além de ser uma grande oportunidade para quem procura pelo primeiro emprego. "A grande maioria dá preferência para o trabalho temporário porque as chances de efetivação depois são bem maiores, afinal, o profissional já estará conhecendo bem todo o funcionamento da empresa", explica Dirceu Ramos, diretor de recursos humanos.

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