Cem famílias da cidade de São Luiz do Paraitinga que perderam suas casas durante a enchente de janeiro deste ano mudam neste mês para novas moradias. As casas fazem parte de um conjunto construído pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) que deve ser inaugurado na próxima sexta-feira, 24. Segundo autoridades municipais e a população, a conclusão das residências é um marco importante do processo reconstrução da cidade, a 170 quilômetros da capital.
Nove meses depois da cheia do Rio Paraitinga que inundou e destruiu boa parte do município, a pequena São Luiz do Paraitinga ainda é grande um canteiro de obras. Pelas ruas estreitas e íngrimes da cidade histórica erguida entre as montanhas do Vale do Paraíba e o rio, tapumes e ruínas ainda se misturam à paisagem bucólica local.
Casas coloniais, igrejas dos séculos 18 e 19 e duas vias de acesso à cidade ainda precisam ser refeitas. Contudo, a entrega das cem casas aos maiores prejudicados pelas chuvas de 1° de janeiro promete ser um passo importante para a retomada da normalidade da vida dos 10 mil luizenses.
“A entrega das casas é um momento crucial desse processo”, afirma o arquiteto e professor da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), José Xaides de Sampaio, um dos profissionais envolvidos na reconstrução da cidade. “Vai dar novo ânimo aos moradores e, principalmente, conforto aos que perderam sua propriedade durante as chuvas.”
O temporal do início do ano deixou cerca de 9 mil desabrigados. Segundo a prefeitura de São Luiz do Paraitinga, 210 famílias ainda não puderam retornar para as suas casas. Dessas, cem eram proprietárias desses imóveis. Elas famílias têm prioridade no realojamento.
Edésia Rodrigues Santos Lopes, 40 anos, é uma das luizenses nessa situação. Ela teve a casa em que vivia com o marido e os dois filhos interditada após as chuvas. Há oito meses, mora em uma pousada, junto com outras 17 famílias de desabrigados. Na próxima quinta-feira, 23, ela assina o contrato de financiamento de sua nova casa. Na segunda ou terça-feira, Edésia já quer mudar.
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