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Saúde

Data mundial conscientiza população sobre os riscos da obesidade

Segundo cirurgião bariátrico, o tratamento para perda de peso é multidisciplinar; dieta balanceada e atividade física são essenciais

Thiago Coutinho
Da redação

Segundo a OMS, 75 minutos de atividades físicas moderadas são ideais para se evitar obesidade e muitas outras doenças / Foto: Michal Jarmoluk por Pixabay

A Pesquisa Nacional de Saúde de 2020, referente a 2019, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta um dado de alerta: uma em cada quatro pessoas de 18 anos de idade ou mais no Brasil estava obesa em 2019. Este dado equivale a 41 milhões de pessoas. A proporção de obesos, entre 2003 e 2019, mais que dobrou no país. Conscientizar a população acerca dos males que o excesso de peso traz é a proposta do Dia Mundial da Obesidade. 

A obesidade pode ser causada por doenças endocrinológicas, fatores genéticos e constitucionais ou pela ingestão em excesso de calorias. “As pessoas se tornam obesas porque ingerem mais calorias do que gastam”, explica o cirurgião geral e cirurgião bariátrico André Augusto Pinto. “A somatória da ingestão de alimentos e baixa atividade física levará a uma população cada vez mais obesa.”.

Para saber se um indivíduo está acima do peso, é necessário calcular seu índice de massa corpórea (IMC). “Este cálculo é feito pelo peso dividido pelo quadrado da altura”, explica o médico. Confira a tabela a seguir:

• Sobrepeso índice de massa corpórea entre de 25 a 30.
• Obesidade grau 1 (leve) índice de massa corpórea entre 30 e 35.
• Obesidade grau 2 (moderada) — índice de massa corpórea entre 35 e 40
• Obesidade grau 3 (mórbida/grave) índice de massa corpórea entre 40 e 50
• Super obesos — índice de massa corpórea acima de 50

O que fazer?

O primeiro passo para quem quer perder peso é mudar a dieta. Para isso, é necessário ser acompanhado por um endocrinologista e um nutricionista. “Casos de obesidade mais intensas podem ser tratadas por outros médicos, especialmente endocrinologistas que, com algumas medicações, inibem bem o apetite em pacientes com índice de massa corpórea acima de 40. Para os obesos graves ou mórbidos, é indicado uma cirurgia bariátrica”, detalha o especialista.

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Após acertar qual será a dieta, é hora de partir para os exercícios físicos. O segredo, de acordo com o médico, é progredir gradualmente a intensidade desses exercícios. “Realizar atividade física calculada, inicialmente de forma mais leve, passando à moderada e, então, à intensa. Além, é claro, a mudança de hábitos alimentares. Ninguém consegue fazer dieta a vida inteira, mas é importante mudar os hábitos”, assegura.

Mariana de Oliveira Carneiro reeducou sua alimentação e investiu em atividades físicas regulares para perder peso / Foto: Arquivo Pessoal

Foi seguindo estas premissas que Mariana de Oliveira Carneiro, 29, conseguiu sair do estado de obesidade mórbida e passou a levar outro estilo de vida, com atividades físicas regulares e alimentação saudável. Como muitas pessoas, Mariana sofria de ansiedade e comia desenfreadamente. “Era um refúgio”, recorda.

Em junho de 2021, Mariana resolveu partir para exercícios físicos mais intensos, como o crossfit. Procurou um nutricionista, regulou a alimentação e, então, passou a ver resultados. “No começo, minha alimentação era a mesma, continuava nas besteiras do fim de semana e pensava: ‘tudo bem, treino três vezes por semana, mereço comer’. E havia a balança, que foi como um carcereiro para mim durante dois meses. Estava presa à ela, sempre me pesando. Aquilo me enlouquecia, até o momento que percebi, após dois meses, que meu peso estava diminuindo”.

Com dez quilos a menos, Mariana percebe mudanças notórias em sua vida: mais disposição, seu organismo ficou mais resistente e, hoje fica doente com menos facilidade. Além disso, venceu outro obstáculo: a timidez. Ao entrar para a vida esportiva, passou a fazer mais amizades e socializar com outras pessoas. “A timidez que tinha já nem existe. A ansiedade ainda possuo, mas são raras as vezes em que me incomoda”, assegura.

“O tratamento para perda de peso é multidisciplinar”, acrescenta o médico André Augusto. “

Menos álcool

O que muitas pessoas desconhecem é que o álcool atrapalha sobremaneira quem combate a perda de peso. “A ingestão de bebida alcoólica atrapalha e muito a reeducação alimentar e a perda de peso”, afirma o cirurgião bariátrico. “É importante que o paciente ingira menos calorias para poder perder peso e as bebidas alcoólicas são muito calóricas”, acrescenta.

Junto às bebidas, há sempre aqueles petiscos e alimentos mais calóricos. E eles também atrapalham quem almeja atingir o peso ideal. 

Atividades físicas intensas ou moderadas?

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 75 minutos de atividades físicas moderadas por semana evitariam uma em cada dez mortes de todos os tipos de doença. Além disso, estudo, publicado no British Journal of Sports Medicine, indica ainda que doenças cardiovasculares, alguns tipos de câncer, como os de cabeça, pescoço e leucemia mieloide, têm seus riscos diminuídos.

“Para perda de peso é fundamental a realização de atividades físicas”, afirma o médico André Augusto. “Além, é claro, da reeducação alimentar, é importante realizar uma atividade física entre três a cinco vezes por semana”. A intensidade será regulada conforme o paciente perder peso e fortalecer sua musculatura. “Estando fora de forma e acima do peso, as chances de lesões musculares aumentam. Por isso é ideal aumentar a intensidade aos poucos para que, no futuro, alcance o peso ideal”.

“Hoje sou mais segura de mim, poucas vezes fico doente e, quando olho para trás, vejo o quão doente estava por conta do peso”, diz Mariana. “Agora tenho mais força, estou mais resistente e percebo o quanto melhorei. Estou feliz comigo mesma”, finaliza.

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