O aeroporto internacional de São Paulo, em Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo), começa nesta segunda-feira a receber mais de 50 vôos que foram retirados do aeroporto de Congonhas (zona sul de São Paulo) por força das restrições impostas pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) após o acidente com o vôo 3054 da TAM.
Nesta segunda-feira, passam a operar em Guarulhos mais 30 vôos da TAM e 22 da Gol. Na terça-feira (31), outros dois vôos da Gol também vão para o terminal metropolitano.
Entre as novas restrições de Cumbica estão a proibição de vôos com mais de duas horas de duração e a limitação de destinos o aeroporto, agora, só terá rotas no interior do Estado, no Rio, em Brasília, em Belo Horizonte, em Curitiba e em Porto Alegre.
Com as mudanças, a capacidade de Cumbica de absorver o tráfego desviado de Congonhas –que opera acima de sua capacidade há algum tempo é colocada à prova. De acordo com a Infraero (estatal que administra os aeroportos do país), fora dos horários de pico, Cumbica pode absorver 30% mais aeronaves. Nos horários de pico, o terminal está lotado.
Congonhas vive uma grave crise desde o acidente com o avião da TAM que matou 199 pessoas. Sob chuva, o avião passou direto pela pista principal do terminal, atravessou a avenida Washington Luís e bateu em um galpão da TAM Express. O choque causou um incêndio de grandes proporções.
O acidente colocou em dúvida a segurança de operar em Congonhas sob chuva –a pista principal foi criticada pela ausência de "grooving" ranhuras que facilitam o escoamento de água– e a auxiliar, por ser curta demais. Na semana passada, o mau tempo interrompeu as operações no terminal diversas vezes, gerando uma seqüência de cancelamentos de vôos.
