Artigo Empreendedorismo

Correr riscos na vida empresarial, profissional e pessoal

Especialista ressalta que na vida é necessário aprender a correr riscos

André Prado*

Algumas pessoas acreditam piamente que estão seguras em determinados lugares. Entretanto, viver envolve correr riscos que acompanham os seres vivos desde a concepção até o final da vida.

Os riscos podem ser classificados como: altos, medianos ou pequenos. Empresários, profissionais e pessoas devem estar propensos a correr riscos para evoluírem, porém, riscos calculados.

Steve Jobs afirmou certa vez aos colaboradores da empresa: “Vocês não passam pela vida simplesmente. Vocês a modificam, dão forma, deixam a sua marca nela. Nós elevamos o padrão e se quisermos ficar lá em cima, temos que arriscar tudo. Grandes artistas, Dylan, Picasso, Newton se arriscaram ao fracasso, e, se quisermos ser grandes, temos que nos arriscar também”. 

No entanto, alguns empresários acreditam que correr riscos é somente se atirar em apostas e investimentos, o que não passa de um grande um equívoco. Muitos se perdem nisto falindo suas empresas por não saber mensurar a dimensão dos riscos, aumentando os custos e por consequência o endividamento da organização.

Existe uma linha muito tênue que separa um bom corredor de riscos de um péssimo corredor de riscos. Isso não significa que o bom corredor de riscos não cometerá erros, mas em geral terá mais acertos do que erros. Bill Gates frisou em certa ocasião: “Toda empresa precisa ter gente que erra, que não tem medo de errar e que aprende com o erro”.

Já o mau corredor de riscos, basta observar os seus resultados para saber que não consegue ter êxito na maioria de suas investidas. Comumente, este tipo de pessoa tenta colocar a culpa no mundo com as alegações mais inusitadas para tentar justificar seus insucessos. 

A experiência em correr riscos calculados, seja de qualquer dimensão, pode ser um fator fundamental para a obtenção do sucesso. Empresários, profissionais e pessoas bem sucedidas se dispõem a quebrar a zona de conforto e a correr riscos.

Já os fracassados, muitas vezes, não se arriscam pelo medo de errar. Preferem ficar à espreita esperando pelos erros cometidos de quem se arrisca para comentar e criticar.

Um célebre pensamento atribuído a Theodore Roosevelt enfatiza: “É preferível arriscar coisas grandiosas. Alcançar triunfo e glória mesmo expondo-se à derrota, do que formar filas com os pobres de espírito, que nem gozam muito e nem sofrem muito porque vivem nesta penumbra cinzenta que não conhece vitória e nem derrota“.

A rivalidade na vida organizacional

Algumas organizações são adeptas de estimular a competição interna entre funcionários e setores empresariais. Todavia, ao invés de gerar um ambiente de cooperação ou competição saudável, a corporação pode estar estimulando o individualismo e a competição predatória.

Tal competição pode se tornar tão acirrada que poderá sair do controle, gerar danos irreversíveis e até mesmo perdas de talentos. Pode ainda desestimular o trabalho em equipe e criar um ambiente de sabotagem ou indiferença. Em outras palavras, alguém pode perceber que algo sairá errado e não avisar ninguém simplesmente para ver alguém fracassar.

A rivalidade pode surgir entre pessoas, grupos e instituições em função da competição, disputa ou concorrência. Isto nem sempre é interessante, e, na maioria das vezes, deve ser desestimulada.

Alguns profissionais se envolvem em um ambiente de competição tão grande a ponto de não se tornar saudável, impactando em sua saúde física e mental.

Cabe lembrar que muitos dos que se disponibilizam a competir e concorrer, nem sempre possuem os mesmos valores e ideias de seus oponentes. De toda forma, pessoas competitivas tendem a instigar e desejar a competição para desafiar os que consideram oponentes para medir forças, pois na verdade gostariam ser como os desafiados, ocupar suas posições ou ter a mesma consideração que possuem.

Mas existe um detalhe que pode mudar tudo isto, ou seja, se uma das partes resolver não competir, reagir ou cair na armadilha gerada competidor. Afinal, somente aceita participar deste jogo aqueles que cultivam a rivalidade.

Para isto, uma boa estratégia é se afastar de pessoas competitivas. É prudente se desapegar de tudo que não conduz a vida para frente. Quando um profissional começa a evoluir, surgirão ruídos, competidores ou parasitas que tentarão impedir seus avanços. Nesta situação é preciso manter o foco, abandoná-los e deixá-los para trás.

Em suma, torna-se necessário ser indiferente, e, até mesmo, sempre que possível, evitar estar em locais em que estes tipos de competidores costumam estar.Empresas necessitam de pessoas que somem ou multipliquem. Aquelas somente querem subtrair ou dividir geralmente não se adequam.

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*André Prado é Mestre em Educação com Menção em Gestão pela Universidad Politécnica Salesiana Ecuador, pós-graduado em Engenharia da Qualidade e bacharel em Administração de Empresas. Desenvolve atividades na Escola de Engenharia de Lorena da Universidade de São Paulo, Faculdade Canção Nova e Centro Universitário Teresa D´Ávila. Para conhecer mais sobre gestão visite o site: www.andreprado.com.br

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