Ministério da Saúde quer aumentar a cobertura vacinal contra a poliomelite que, neste ano, não alcançou nem metade do público-alvo
Da Redação, com Ministério da Saúde e Unicef
Começou, nesta segunda-feira, 8, e vai até o dia 9 de setembro a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e Multivacinação de 2022. O objetivo do Ministério da Saúde é alcançar cobertura vacinal igual ou superior a 95% para a vacina poliomielite na faixa etária de 1 a menores de 5 anos de idade, além de reduzir o número de crianças e adolescentes menores de 15 anos não vacinados e melhorar as coberturas próprias do calendário nacional de vacinação.
Cerca de 40 mil postos estarão abertos para aplicar as doses das 18 vacinas que compõem o Calendário Nacional de Vacinação da criança e do adolescente.
Para a campanha contra a poliomielite, o grupo-alvo são as crianças menores de cinco anos de idade. A vacina contra a doença é aplicada aos 2, 4 e 6 meses. Crianças de um a quatro anos que já tomaram as doses das vacinas injetáveis deverão receber o reforço em gotas.
Em 2021, menos de 70% do público-alvo recebeu o imunizante. E neste ano, nem a metade das crianças que deveria tomar a primeira dose da vacina foi aos postos de saúde.
A poliomelite, ou paralisia infantil, está erradicada no Brasil, que não registra casos há mais de 30 anos. No entanto, com a queda contínua na vacinação, aumenta o risco que o vírus causador volte a circular, como aconteceu em Israel e Moçambique.
De acordo com a Organização Panamericana de Saúde, para que a doença não reapareça, é importante que a cobertura vacinal ultrapasse 95% do público-alvo.
Em julho deste ano, a OMS e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) publicaram dados que mostram que o mundo vive o maior retrocesso contínuo nas vacinações infantis em 30 anos. O Brasil está entre os 10 países no mundo com o maior índice de crianças com a vacinação atrasada.
