Governo disponibiliza gratuitamente prevenção contra vírus respiratório
Reportagem de Aline Imercio e Antonio Matos
O Ministério da Saúde anunciou essa semana o início da distribuição da vacina contra o vírus sincicial respiratório, conhecida como VSR. O imunizante, aplicado em gestantes, pretende prevenir, principalmente, a bronquiolite.
Aos 3 meses, o pequeno Levi começou a apresentar sérios problemas respiratórios depois de receber a visita de uma pessoa que estava gripada. O diagnóstico: bronquiolite. “A respiração acelerada, uma respiração muito cansada, o nariz escorrendo, começou a tossir e apresentou uma febre muito alta. E aí chegando no pronto socorro, ele já passou na frente de todo mundo porque a saturação dele já tava muito baixa. Aí foi que ele foi direto pra UTI”, lembrou a profissional de marketing digital, Débora Tavares.
A bronquiolite é uma doença respiratória que afeta principalmente crianças menores de 2 anos. E uma das principais causas de internação desse público. O vírus sincicial respiratório é o causador de 75% dos casos da doença. Para diminuir esses casos, o Ministério da Saúde anunciou a distribuição da vacina VSR contra o vírus.
“É uma medida que tem uma expectativa de comprovar impacto, de reduzir internamente por bronquiolite”, constou o presidente do departamento científico de Imunizações SBP, Eduardo Fonseca Lima.
O primeiro lote de vacinas contra o vírus sincicial respiratório começou a ser distribuído pelo Ministério da Saúde em todos os estados do país e no Distrito Federal. Inicialmente, o grupo prioritário a receber será o de gestantes a partir da 28ª semana de gravidez, sem restrições de idade para a mãe.
“Optamos por vacinar a grávida, ela produzir seus anticorpos e passar este anticorpo para o bebê nos primeiros seis meses de vida. Isso é muito, é o período de maior quantidade de adoecimento pelo vírus VSR. E esta é uma vacina que é segura”, completou o doutor.
Débora lembra o quanto seria importante ter recebido essa vacina para evitar a doença de Levi. Hoje ela usa as redes sociais para também alertar outras mães para a prevenção da bronquiolite. “Eu compartilhei a minha experiência para que outras mães não passem pelo que eu passei”, concluiu Débora.
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