Justiça social

CNBB reforça seu compromisso contra o trabalho escravo

O Conselho Episcopal Pastoral (CONSEP) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) reiterou no sábado, 28, seu apoio a todas “iniciativas que visam  a erradicação deste mal que afronta a lei e desrespeita os direitos da pessoa humana”, salientando que toda forma de escravidão é um atentado à dignidade dos filhos e filhas de Deus e um pecado social que clama aos céus”.

A nota é assinada pelo secretário geral, Dom Leonardo Steiner, que reforça que o esforço da Igreja não é obstante aos esforços do Estado e da sociedade civil. Para ele, o trabalho escravo ainda é uma realidade deplorável, no campo, na indústria, no turismo, no setor imobiliário e em outras atividades econômicas.

A Igreja, desde a década de 1970, por meio da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e, mais recentemente, pelo Mutirão Pastoral Contra o Trabalho Escravo, tem denunciado este crime. Segundo dados do Ministério do Trabalho, até novembro de 2011, foram libertadas 2203 pessoas em situação de trabalho escravo.

“A CNBB faz veemente apelo ao Congresso Nacional para que aprove a PEC 438/2001, que destina para a Reforma Agrária as terras onde comprovadamente existe a prática trabalho escravo. Passados 10 anos de tramitação dessa PEC, não é possível que o clamor dos que a defendem como um dos eficazes instrumentos de combate ao trabalho escravo soe como voz no deserto”, diz a nota da CNBB.

Dom Steiner destaca que é importante que se faça memória dos que perderam suas vidas no cumprimento de seu dever de combater o trabalho escravo, como os profissionais do Ministério do Trabalho assassinados em Unai-MG, aos 28 de janeiro de 2004.

“Nossa solidariedade se estende, ainda, a todas as pessoas vitimadas pelo trabalho escravo, no campo e na cidade. Lembramos ao Estado sua responsabilidade na defesa e proteção tanto dos combatem a chaga social do trabalho escravo quanto dos que dela são vítimas”, salienta o bispo.

Neste sábado, 28, foi celebrado o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo.

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