Arte

Circo: uma tradição mantida de pé

O dia 27 de março é dedicado as artes circenses, numa homenagem ao palhaço brasileiro Piolin, que nasceu nessa data, em 1897, em Ribeirão Preto, São Paulo, e ao fazer graça se destacava pela criatividade e pela habilidade como ginasta e equilibrista; e sabia fazer o povo rir. Debaixo de uma lona, a alegria dos palhaços, os contorcionismos e a precisão dos trapezistas emocionam e atraem a atenção de adultos e principalmente, das crianças.

Jenifer da Costa Silva é a quarta geração de uma família circense. Aos seis anos de idade, seu pai a colocou sentada na plataforma do trapézio para perder o medo de altura. Hoje ela afirma que aprendeu a fazer de tudo e no picadeiro se reveza entre o corpo de baile, as acrobacias e até, assistente de malabarista. Dificil, para ela, é se imaginar fazendo outra coisa. "O circo prá mim é tudo! Eu começei de pequena. É a minha própria vida. É estranho eu imaginar ter uma vida diferente fora do circo", comenta.

Numa olhada rápida, um rapaz alto e simpático. Assim, ele é apenas Antonio Marcos Pires. Aos poucos ele vai trocando de roupa, se maquiando e em menos de 20  minutos, se transforma no palhaço Petecada. No picadeiro divide a cena com Pistolinha e Crispita que tem a responsabilidade de fazer a alegria de seu principal público: as crianças! "As criancinhas acham que o palhaço é um outro ser. Elas não entendem  que a gente é um ser humano por traz e é interessante que elas entram na brincadeira", explica.

Mas nem só de palhaçada vive o circo. No circo Spacial que está montado na zona leste de São Paulo existem 16 atrações que se apresentam durante uma hora e meia. São evoluções no solo, contorcionismo, apresentações aéreas, acrobacias com tecido e mágica e claro, com tanta variedade, a opinião das crianças fica dividida. "Achei legal a parte que o anjo ficou voando lá em cima", comenta a estudante de 10 anos, Rafaela Gregório Almeida. Já para Giovani de Carvalho Mendes, de 8 anos, o circo tem outro significado: "É melhor do que ficar em casa jogando video-game".

No dia do circo, as crianças de algumas escolas de São Paulo deixaram a sala de aula para assistir as apresentações. Indiferentes as dificuldades pelas quais um artista circense passa, já que a atividade não é reconhecida no Brasil, eles prestam atenção em cada detalhe, em cada cena. O circo é considerado uma das manifestações culturais mais antigas e influenciou diretamente o teatro.

E é por isso que a arte de fazer as crianças se divertirem está vivendo o seu melhor momento. "O circo está num estágio máximo dele. O lado lúdico tá muito legal", explica a diretora do espetáculo do circo Spacial, Rosane Jardim.

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