Catequese de Francisco nesta quarta-feira se concentrou na promessa feita por Jesus: “Eu estou convosco”
Da Redação, com Rádio Vaticano
Papa Francisco se reúne com os fiéis para a catequese / Foto: Arquivo – Reprodução CTV
A catequese do Papa Francisco nesta quarta-feira, 26, foi inspirada na passagem do Evangelho de Mateus, em que Jesus promete que estará conosco todos os dias, até o fim do mundo.
Uma verdade reforçada também pelo anúncio profético do nome que lhe será dado, “Emanuel”, que quer dizer, “Deus conosco”. Este mistério de um Deus, portanto, cuja identidade é “estar com”, em particular “conosco”.
“Nós humanos somos hábeis em cortar ligações e pontes. Ele, pelo contrário, não. Se o nosso coração se esfria, o seu permanece incandescente. O nosso Deus nos acompanha sempre, mesmo se por desventura nós nos esqueçamos d’Ele. Na linha que divide a incredulidade da fé, decisiva é a descoberta de ser amados e acompanhados pelo nosso Pai, de não sermos nunca deixados sozinhos por Ele”.
Segundo Francisco, a existência humana é uma peregrinação, um caminho, e a alma humana é uma alma peregrina. A Bíblia, neste sentido, é repleta de histórias de peregrinos e viajantes, como Abraão, por exemplo que recebeu de Deus a ordem “Saia da tua terra!”.
E em seu caminho no mundo, o homem nunca está sozinho, enfatizou o Papa. “Sobretudo o cristão não se sente nunca abandonado, pois Jesus nos assegura não somente de nos esperar ao final de nossa longa viagem, mas de nos acompanhar em cada um de nossos dias (…) Não existirá um dia de nossa vida em que deixaremos de ser uma preocupação para o coração de Deus. E Deus, certamente proverá a todas as nossas necessidades, não nos abandonará no tempo da provação e da escuridão. Esta certeza pede para aninhar-se em nossa alma, para não apagar nunca. Alguém a chama com o nome de ‘Providência’”.
Não por acaso, observou o Santo Padre, entre os símbolos cristãos da esperança está a âncora, que exprime que a esperança não é vaga, não é um sentimento momentâneo de quem quer melhorar as coisas deste mundo de maneira irrealista, partindo somente da própria força de vontade. “A esperança cristã encontra sua raiz na segurança daquilo que Deus prometeu e realizou em Jesus Cristo”.
Se o homem confiasse unicamente em suas próprias forças, teria razões para se sentir desiludido e derrotado, porque o mundo muitas vezes se mostra refratário às ligações de amor. Mas se nele sobrevive a certeza de que Deus não o abandona, que Deus ama o ser humano e este mundo com ternura, então muda imediatamente a perspectiva.
“A promessa de Jesus ‘Eu estou convosco’ nos faz estar em pé com esperança, confiando de que o bom Deus já está trabalhando para realizar aquilo que humanamente parece impossível (…) O santo povo fiel de Deus é gente que sabe estar em pé e caminha na esperança. E onde quer que vá, sabe que o amor de Deus o precedeu: não existe lugar do mundo que fuja da vitória de Cristo ressuscitado, a vitória do amor”.
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