Até 20 de dezembro

Catedral do Rio recebe exposição de presépios do mundo todo

Exposição de presépios conta com 160 peças de 40 países do mundo, retratando na diversidade cultural a cena do nascimento de Jesus

Da Redação, com Arquidiocese do Rio de Janeiro

Já começou no Rio de Janeiro uma exposição de 160 presépios de 40 países do mundo, sob organização da arquidiocese local e do Centro Loyola de Fé e Cultura PUC-Rio. As peças da coleção particular do padre José Maria Fernandes, SJ, ficam na Catedral Metropolitana da cidade até o dia 20 de dezembro

Os presépios são frutos do trabalho de artistas e artesãos dos cinco continentes e de todas as regiões do Brasil. A mais antiga delas, herança de família, data do século XIX. Além de representar a cena da Natividade de Cristo, os presépios apresentam traços da cultura e da história de seus locais de origem.

Do Japão, Maria, José e o Menino Jesus feitos em madeira de bambu, com olhos puxados e vestidos de kimono. No presépio do Cazaquistão, a estrebaria dá lugar a um tipo de cabana típica das regiões rurais do país. As referências estão tanto na forma de esculpir ou montar as peças, quanto nos materiais utilizados, como o couro das renas, do Canadá, ou a pelo de uma cobra, da Ilha de Java.

Peças do Brasil

O artesanato popular brasileiro também estará presente na mostra, em cerca de 50 peças adquiridas em diferentes estados, principalmente Minas Gerais. Além da cultura, o destaque neste caso vai para a diversidade natural do país, em peças confeccionadas com as sementes de plantas da Amazônia; as conchas e o côco das praias da Bahia; a palha e a buchinha de Minas; o capim dourado do Centro-Oeste, entre outros.

Origem da tradição

Uma das primeiras representações de Maria com o Menino Jesus nos braços foi encontrada em um mural pintado nas Catacumbas de Priscila, em Roma, e data do século III d.C. Outra representação importante da Natividade vem do ano 350 d.C, quando o Papa Libânio ordenou a construção da Igreja Sancta Maria ad Praesepe, hoje Santa Maria Maggiore, também em Roma.

Pelos séculos, a imagem da Madonna com o menino inspirou artistas e foi recriada em ícones bizantinos, pinturas renascentistas e diferentes escolas de arte sacra. No entanto, foi São Francisco de Assis quem ajudou a popularizar a representação do nascimento, ao recriar a cena do Cristo que nasce pobre, entre os animais, colocado em uma manjedoura. Desde então, todos os anos, famílias do mundo inteiro, católicas ou não, montam seus presépios mantendo uma das mais importantes tradições natalinas.

A exposição pode ser visitada das 8h às 16h, na Catedral Metropolitana de São Sebastião do Rio de Janeiro, localizada na Avenida Chile, 245.

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