O arcebispo de Barcelona, Cardeal Lluís Martínez Sistach, está no Rio de Janeiro e participou da conferência “Grandes cidades: desafios para a unidade e a paz”
Da redação, com Arquidiocese do Rio
O arcebispo de Barcelona, Cardeal Lluís Martínez Sistach, que está no Rio de Janeiro de 23 a 26 de agosto para um circuito de debates sobre os desafios da evangelização nas grandes cidades, participou nesta terça-feira, 25, da conferência “Grandes cidades: desafios para a unidade e a paz”, realizada no edifício João Paulo II, na Glória.
“Vocês conseguem imaginar o Rio de Janeiro ou qualquer outro grande centro urbano sem a participação da Igreja e todas as suas obras e promoção cultural?”, provocou o palestrante.
No encontro com os sacerdotes, o cardeal destacou a importância do Papa Francisco para atualização dessa interação da Igreja com a cidade, principalmente a partir do Documento de Aparecida, elaborado na 5ª Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe, em 2007, pelo Pontífice quando ainda era cardeal de Buenos Aires, Argentina.
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“O Documento de Aparecida tem a cara da América Latina, que enfrenta complicações de desigualdade social e pobreza. Francisco levou daqui para o mundo esses questionamentos”, afirmou o padre Nixon Bezerra de Brito, pároco da Paróquia Santos Mártires Ugandenses e Nossa Senhora de Nazaré, em Acari. Outro ponto abordado pelo cardeal foi a missionariedade da Igreja, incentivada pelo Papa.
“Devemos abrir portas e janelas para que as realidades urbanas do mundo moderno e globalizado nos interpelem e questionem; e que esses questionamentos nos sirvam de reflexão, enquanto membros da Igreja. Nosso trabalho, junto das famílias, é de acolher e proteger as pessoas, amando-as gratuitamente”, frisou.
Segundo o vigário episcopal do Vicariato Sul, padre Henrique Jorge Diegues, apesar da distância entre os dois continentes, os temas debatidos pelo cardeal de Barcelona se assemelham às realidades do Rio, como a violência urbana e o entusiasmo para enfrentá-la.
Já o assistente eclesiástico da Pastoral da Juventude, padre Geovane Ferreira Silva destacou a consideração do cardeal de que as obras da Igreja não são filantrópicas, mas “inspiradas pelo amor, a partir do mandato de Jesus, que nos chama a amar e entender o mistério do outro”.
“Essas questões se aprofundam mais e são sinais que animam nossa pastoral. Ajudam-nos a percebermos a ação de Deus e seus frutos”, concluiu o padre Geovane.