Dedicação

Capuchinhos realizam trabalhos pastorais às margens do Rio Amazonas

Os Frades Capuchinhos estão engajados há mais de cem anos no zelo pastoral às margens do Rio Amazonas.

O Rio Amazonas é formado pelo encontro entre o Rio Solimões e o Rio Negro. Às margens do Rio Solimões, vivem milhares de pessoas. Algumas, em colônias permanentes, outras em pequenos grupos de cabanas. São pobres e geralmente vivem da pesca.

O frei capuchinho Gino Alberati trabalha com eles há mais de 30 anos e os conhece bem. "Existem 14 grupos étnicos ao longo do rio", disse ele num recente encontro na sede internacional da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), em Königstein, na Alemanha.

O sacerdote, 69 anos, atende 27 comunidades a partir do seu centro missionário, Santo Antônio do Içá.  

Desde 2004, Frei Gino tem à disposição uma lancha a motor de 15 metros, chamada "Fraternidade Itinerante". Com ela, conseguiu dar um grande impulso à pastoral nas comunidades às margens do Rio Amazonas. O frei passa dias inteiros sobre as águas. Através do apostolado via fluvial, Frei Gino consegue visitar as comunidades, batizar adultos e crianças, celebrar missas, casamentos e ouvir confissões.

É muito engajado no trabalho pastoral com os jovens e oferece curso de formação para catequistas. Muitas das atividades, inclusive a missa, se realizam a bordo da "Fraternidade Itinerante". O capuchinho se empenha também em transportar pessoas que não podem pagar o transporte público, intervém em emergências ajudando as pessoas que devem ser levadas ao hospital.

Entre seus projetos, está um novo barco, que com a ajuda da AIS, deve ser utilizado pelos Capuchinhos de Benjamin Constant, cidade à margem do Rio Solimões, no trabalho pastoral na área, alcançando assim as comunidades do Brasil e do Peru, assim como desejado pelo bispo local.

O barco, que deve ficar pronto até janeiro de 2011, permitirá aos frades lançar o "Projeto Javari", 40 dias em missão envolvendo não apenas catequistas, mas médicos e dentistas, num programa de prevenção da malária. A iniciativa conta com o apoio do bispo da Diocese de Alto Solimões, Dom Evangelista Alcimar Caldas Magalhães, também capuchinho.

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